quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Princesa


Oiço-te de um reino distante, a chamar por mim.
O vento que hoje faz traz os suspiros que ontem lançaste.
Tu aguardas o meu regresso, do meu lugar de cativeiro.
Não me lembro do teu odor, mal me lembro do teu sorriso.

Mas ainda guardo uma pequena parte de ti, dentro de mim.
Desculpa princesa, não chegarei a tempo de jantar e não sei se um dia poderei regressar.
Então peço às estrelas que te iluminem o céu.
E te ajudem a encontrar o teu príncipe de cavalo branco.

Não te quero prender a um futuro incerto, de dor e saudade.
És uma princesa e mereces ser tratada como tal.
Apesar de seres sempre a menina dos meus olhos.
Peço-te para te esqueceres dos meus olhos castanhos.

Assim como faço um esforço para me esquecer dos teus azuis.
Mereces alguém que te conquiste a Lua mas eu não sou o teu príncipe.
Apenas sou um soldado no meio de um campo de batalha.
Prestes a ser ferido e capturado.

Posso morrer ou ficar desfigurado.
E não quero que abdiques da tua vida pela minha.
Adorei o nosso momento e sempre o guardarei.
Mas hoje peço à Lua que te encontre alguém que te dê o que tu mereces.

Até outra vida princesa.
Beijo.

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