quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Se Ao Menos...


Se ao menos eu te tivesse esquecido.
Nada disto teria acontecido.
Se não te tivesse conhecido.
Talvez tivesse mais vezes vestido.

Passaram-se tantos anos.
Oito para ser mais preciso.
Procuraste-me por todos os cantos.
Deixaste-me indeciso.

Voltaste atrás.
Como foste capaz?
Depois da toda a tortura.
Trouxeste-me uma nova aventura.

Entre a dor e o ardor.
Das tuas dentadas e amarras.
E o sabor do teu calor.
Nestas noitadas de arruada.

Seja cego ou surdo.
Espetado um prego, eu te rego.
Me entrego a ti, não te consigo resistir.
Contigo eu existi e não planeio em agora dormir.

Se a saudade matasse.
Não me deixava que me enterrasse.
Apenas quero ser feliz.
Encostado ao teu nariz.

Não me vou magoar.
Mas de ti não irei abdicar.
Vou-me esforçar.
Para te fazer de novo apaixonar.

Seja na minha casa ou na tua.
Seja sobre a asa ou sob a Lua.
Não me basta te ter nua.
Por ti, irei à luta.

O passado veio à flor da pele.
O presente me impele.
Aqui estou e não planeio voltar as costas.
Excepto quando me pedes, pois sei que tu gostas.


Os anos passaram...

As saudades ficaram...

Eu confio em ti assim para mim...

Deixa-me entrar, diz-me que sim...

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