sábado, 18 de junho de 2016

Capacete sem Luvas - Quem era ele? (Parte I)

Ele prossegue a sua viagem de asas abertas por esse universo. Entre estrelas a brilhar ele quer planetas por descobrir. Quem será ele? Nunca tirou o capacete correndo o risco de ser conhecido por um alienígena e não usa luvas porque diz que assim sente o céu que toca e o ar que respira. Botas azuis, fato vermelho, a farda de sempre rumo ao horizonte. Percorrer aquelas estradas sem alcatrão, nem sinais de perigo que nos digam...CUIDADO! CUIDADO! “Fodasse! A nave foi dada como destruída”. Foi um acidente questionável, contudo uma pergunta fica – Quem era ele?

Relatos dizem que foi um ser bravo, bastante até para ser confundível com um lunático. Por falar em lunático, lembrei-me da lua. Gostaram deste trocadilho? Ainda bem. Sim ele já esteve por lá. Pela lua. Fez um mapa quando era pequeno, recordo-me. “Urso Pular – Um caminho, uma direção e um desvio pela lua cheia”.

Tinha uma mente de sonhos. Alguns malucos, uns intocáveis e outros sinceros. Não era nenhum caçador de sonhos nem por aí além, talvez só tenha matado um ou dois na algazarra da sua juventude. Havia muitos que diziam que ele tinha um talento nato para o problema, mas poucos afirmavam que ele tinha a chave da solução. Na verdade? Nunca teve. Para ser sincero, ele era frontal em fugas e verdadeiro na corrida. Ninguém o apanhava, mas agora é passado. O presente apanhou-o.

Notícias por toda a parte, nem ver. Nem capas, nem revistas, nem entrevistas pós-morte. Nada. Família pouco resta, talvez uma tia-avó, pais, irmãos e um cão. Acho. Não sei. Continuando, nada a não ser vocês, mas quem era ele? Poucos sabiam responder a essa questão, talvez um marciano e dois pandas. De aspeto físico caracterizava-se por ter muito cabelo e barba, exceto quando cortava, aí tinha pouco. A cor de pele dele era Preto-Cobre Metalizado, mas lá está, só lhe vi as mãos. Isto sou eu a me fantasiar.

"Um copo daquele Whisky meio esquisito que dá tanta ajuda à carteira, sem gelo por favor”. Ora bem nem sei porque vos chamei. Maldita imprensa. Reza a lenda que chateio muita gente quando estou bêbado. Infelizmente estou sempre bêbado. Voltando ao assunto ou como gosto de dizer, encarnando um qualquer gestor de sucesso de Wall Street, “Back to Business”.

Ele era um sonho perdido num oceano sem água. Por outras palavras um desafortunado. Não era um coitado, era burro simplesmente. Ainda antes de ontem tinha acertado com a cura do cancro, palavras dele - “Consigo fazer com que as pessoas consigam viver mais tempo, basta que deixem de beber água. Toda a gente que bebe água, um dia acaba por morrer”. Se isto não é burrice, não sei o que é.

“Passatempos?” Jogar talvez, apesar de ser em pouca quantidade. Não tinha paciência. Ninguém gostava muito dele para jogar, mas verdade seja dita, o jogo era uma merda. “Temática Pistolas” Queriam o quê? Que toda a gente estivesse bem no final? Óbvio que não, chegava a casa sempre sujo e sim, era sempre de sangue. Segundo afirmam, foi derivado disso que perdeu uma orelha, disparou contra si próprio. Era um jogador pouco dado a conversas e com isso, bem e com isso, também não ficava gente no final para falar. Acho que foi por isso que ninguém gostava muito dele para jogar. “Ora bem está a ficar uma hora acertada para voltar a casa. Foi um prazer. Se amanhã quiserem apareçam.”

Sem comentários:

Enviar um comentário