Ele prossegue a sua viagem de
asas abertas por esse universo. Entre estrelas a brilhar ele quer planetas por
descobrir. Quem será ele? Nunca tirou o capacete correndo o risco de ser
conhecido por um alienígena e não usa luvas porque diz que assim sente o céu
que toca e o ar que respira. Botas azuis, fato vermelho, a
farda de sempre rumo ao horizonte. Percorrer aquelas estradas sem alcatrão, nem
sinais de perigo que nos digam...CUIDADO! CUIDADO! “Fodasse! A nave foi dada como
destruída”. Foi um acidente questionável, contudo uma pergunta fica – Quem era
ele?
Relatos dizem que foi um ser bravo, bastante até para ser confundível com um lunático. Por falar em lunático, lembrei-me da lua. Gostaram deste trocadilho? Ainda bem. Sim ele já esteve por lá. Pela lua. Fez um mapa quando era pequeno, recordo-me. “Urso Pular – Um caminho, uma direção e um desvio pela lua cheia”.
Tinha uma mente de sonhos. Alguns
malucos, uns intocáveis e outros sinceros. Não era nenhum caçador de sonhos nem
por aí além, talvez só tenha matado um ou dois na algazarra da sua juventude.
Havia muitos que diziam que ele tinha um talento nato para o problema, mas poucos
afirmavam que ele tinha a chave da solução. Na verdade? Nunca teve. Para ser
sincero, ele era frontal em fugas e verdadeiro na corrida. Ninguém o apanhava,
mas agora é passado. O presente apanhou-o.
Notícias por toda a parte, nem
ver. Nem capas, nem revistas, nem entrevistas pós-morte. Nada. Família pouco
resta, talvez uma tia-avó, pais, irmãos e um cão. Acho. Não sei. Continuando,
nada a não ser vocês, mas quem era ele? Poucos sabiam responder a essa questão,
talvez um marciano e dois pandas. De aspeto físico caracterizava-se por ter muito
cabelo e barba, exceto quando cortava, aí tinha pouco. A cor de pele dele era Preto-Cobre
Metalizado, mas lá está, só lhe vi as mãos. Isto sou eu a me fantasiar.
"Um copo daquele Whisky meio esquisito que
dá tanta ajuda à carteira, sem gelo por favor”. Ora bem nem sei porque vos
chamei. Maldita imprensa. Reza a lenda que chateio muita gente quando estou
bêbado. Infelizmente estou sempre bêbado. Voltando ao assunto ou como gosto de
dizer, encarnando um qualquer gestor de sucesso de Wall Street, “Back to Business”.
Ele era um sonho perdido num
oceano sem água. Por outras palavras um desafortunado. Não era um coitado, era
burro simplesmente. Ainda antes de ontem tinha acertado com a cura do cancro,
palavras dele - “Consigo fazer com que as
pessoas consigam viver mais tempo, basta que deixem de beber água. Toda a gente
que bebe água, um dia acaba por morrer”. Se isto não é burrice, não sei o
que é.
“Passatempos?” Jogar talvez, apesar de ser em pouca quantidade. Não
tinha paciência. Ninguém gostava muito dele para jogar, mas verdade seja dita, o jogo era uma merda. “Temática
Pistolas” Queriam o quê? Que toda a gente estivesse bem no final? Óbvio que
não, chegava a casa sempre sujo e sim, era sempre de sangue. Segundo afirmam,
foi derivado disso que perdeu uma orelha, disparou contra si próprio. Era um
jogador pouco dado a conversas e com isso, bem e com isso, também não ficava
gente no final para falar. Acho que foi por isso que ninguém gostava muito dele
para jogar. “Ora bem está a ficar uma
hora acertada para voltar a casa. Foi um prazer. Se amanhã quiserem apareçam.”
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