Estou a precisar. Sei que é cedo ou que para ti já é tarde, mas naquela período entre a Lua e o Sol, onde ainda é noite mas já se vê o dia prestes a nascer, preciso de estar contigo. Necessito que estejas comigo e me dês aquilo que sabes melhor me dar para me acalmar e reconfortar, sabendo que tudo irá correr bem.
Preciso do teu abraço. Sinto falta do teu abraço. Sinto a tua falta. Preciso de ti. Mas tens andado distante, sem te presenciares no horizonte e me deixando inseguro, abandonado, sozinho e um pouco magoado. Sinto-me egoísta por te querer sempre comigo, por não te querer ver abraçada a outra pessoa.
Ciúmes? Um pouco talvez, mas não considero ciúmes mas mais saudade. Saudade da nossa amizade, das nossas conversas, das nossas brincadeiras, saudades tuas. Tuas e do teu abraço. O tempo passa e o teu abraço é como álcool para mim: liberta-me de qualquer inibição que tenha e permite-me divertir sem ter receio dos juízos dos outros.
Mas no dia seguinte, acordo de ressaca. Ressacado e necessitado do teu abraço, na minha cama ao acordarmos e ver-te lá deitada, aninhada a mim, envoltos nos braços um do outro. Sinto a tua falta como um bebé sente a falta da sua chupeta, do seu brinquedo favorito, do colo, da sua manta preferida. Sinto-me só sem ti.
Sinto-me uma pequena sombra no escuro da noite sem a tua luz para me iluminar o caminho. O caminho de regresso a ti, ao caminho da felicidade. Sinto-me um parvo por querer algo que devia ser natural ter. Mas um abraço para mim não é um olá nem um "não chora" mas sim talvez a melhor coisa do mundo que se pode ter de um(a) amigo(a) (Sim, fora o beijo e algo mais, eu sei mas isso pertence aos namorados e os abraços aos amigos).
E sinto que tens evitado. Evitado o abraço. Pois lá no fundo, não queres ficar dependente dos meus abraços. Não te queres voltar a sentir carente e dependente de um abraço meu, de sentir-te segura, protegida, amada e calma, como se nada mais importasse fora do elo que criámos com o nosso abraço.
E tu fazes um bom trabalho perante isso, ao evitares o contacto e proximidade. Mas eu já estou enfeitiçado e condenado a ficar dependente do teu abraço que me devolve o sorriso à cara, a calma na alma e o amor no coração. Sinto a tua falta. Já to disse hoje. Já to disse ontem. E lá no fundo, sentes isso. Sabes disso. E sabes que sentes a minha falta e do meu abraço e das nossas conversas, brincadeiras e afectos.
Não vou voltar a escrever sobre ti. Será o meu último texto sobre ti. Apenas sabes que sinto a tua falta mas vou desamarrar as cordas que me prendem ao chão e deixar-me levar pela leve brisa que me empurra pelo ar e talvez, com um pouco de destino, volte a parar aos teus (a)braços.
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