(Pum…Pum…Pum…) O bater do coração
é tão audível quanto é possível. O mundo ficou paralisado. Pelo menos na minha
cabeça. Lá fora tudo corre, tudo salta, nada pára, tudo segue em frente.
Decisões. A vida é feita disso. É
feita de palavras e de ações que nos conduzem e que nos envolvem. Nós e o
mundo. O mundo e a nós. A racionalidade e a incerteza. O calculismo e o
impulso. Nada em demasia, mas nada por acaso, encaixam naquilo que são as
nossas emoções, os nossos sentimentos, a nossa personalidade. O nosso eu.
Silêncio. Somos um num milhão,
mas por momentos breves, porque tudo é curto, somos um milhão em muitos. O
nosso poder de influência resume-se a uma azeitona para alguns, mas para outros
o universo. Nem sempre é assim. É quando calha. É quando convém.
Frio. Arrebata qualquer gesto
espontâneo. É tocável demais para fazer sair qualquer palavra que seja em vão.
Ruas são cobertas de tudo, mas menos de pessoas. A respiração é possível de ser
visualizada à medida que expiramos. Tornamos tudo mais nublado. É pena que não
seja só quando a temperatura é baixa.
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