
(Grande Austin Powers, bom filme de comédia)
Qual a tarefa mais perigosa que efectuo diariamente? Sair da cama.
Qual a tarefa mais perigosa que possa efectuar? Deixar-me apaixonar.
Não é que sejam más ambas as acções mas só por si, já acarretam níveis elevados de adrenalina que fazem temer pela minha saúde (física e mental). Mas enfim, gosto de viver uma vida perigosa. Gosto de andar no limbo, sem saber se vou tombar para o lado ou não. Não sou um santinho mas gosto de olhar inocentemente para estas pequenas acções, tendo a perfeita consciência de que me vou magoar.
Que querem que vos diga? Gosto de viver no limiar do extremo. Na inocência do perigo. Sei que tu aqui estás a ler pensas que sou um ser infantil e básico, que se deixa afectar pelas coisas mais simples da vida. E caro leitor, tens totalmente razão. Sou um fraco. Vou-me abaixo facilmente, seja pela primeira corrente de ar frio que me atinge o corpo e me atira para trás, suavemente para a cama, ou seja por um beijo que uma rapariga me oferece e quando reabro os olhos, falta metade do meu coração e a outra metade tem um punhal atravessado e ensanguentado.
Não é que desgoste do frio. Adoro. Hoje está um calor soviético ventoso e vim trabalhar para perto do rio de camisa de mangas curtas. Sim, sou estúpido a esse ponto mas gosto de sentir a brisa gelada que se faz sentir e o frio sempre é bom para mim, para arrefecer qualquer ideia estúpida e fazer-me sentir saudades da minha cama que ficou na outra margem.
E claro, não é que desgosto de me apaixonar.. Julgo ser uma das melhores sensações que existem no mundo (isso e sair o EuroMilhões) mas eu já me conheço. A minha maior fraqueza é o amor. Quando estou apaixonado, não sei tomar as melhores decisões para mim. Vivo para a outra pessoa e não sei tomar conta de mim. Porque sejamos honestos, se soubesse namorar, não tinha um blog repleto de mágoas, dores e lesões cardíacas românticas.
Mas sou estúpido. Gosto destes perigos. São a minha dose diária de adrenalina a que me permito sujeitar. Sinto-me um drogado a ressacar destes produtos. E tenho o prazer de consumir todas as noites. O outro acontece uma vez a cada ano (aproximadamente) e é algo que evito fazer por alguém que conheça ou fale.
Prefiro deixar-me apaixonar pela beleza duma rapariga que vi na rua ou pelo sorriso doutra que vi nas compras ou até mesmo pela doce voz de uma mulher que esteja esperando o transporte para o trabalho. Que todas estas senhoras têm em comum? Não as conheço e nunca meterei conversa com elas. O que me permite sentir uma pequena paixoneta, os meus níveis hormonais aumentaram e sentirem prazer e alegria. Aqui o perigo é muito mais reduzido e elas ficarão sempre na inocência de que eu alguma vez olhei para as mesmas e pensei num futuro a dois,
Como disse, gosto de viver na inocência do perigo. Mas com juízo, muitas barreiras e sem tomar decisões estúpidas, de como por exemplo, abrir a boca ou falar com alguma rapariga. Para decisões estúpidas, basta uma camisa de mangas curtas num dia de chuva de Outono.
Ah, minha quente cama, como te anseio neste momento....
Ah, minha quente cama, como te anseio neste momento....
Sem comentários:
Enviar um comentário