domingo, 2 de outubro de 2016

Beco Sem Saída

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Uma viagem faz-se pelo caminho.
Não pelo destino.
Porque se nos focamos no fim, perdemos todo o universo pelo meio.
Vivemos focados em subir a escada do sucesso o mais rapidamente possível que nem vemos os degraus que pisamos.

Não vemos o que pisamos ou quem pisamos.
Apenas olhamos para o destino, o topo.
Não abrandamos.
Não ajudamos.

Somos egoístas e só queremos chegar ao fim para atingir o nosso objectivo.
Mas o que sacrificamos pelo caminho?
Sonhos nossos?
Sonhos de outros?
Amizades?
Relações?

Vivemos tão focados em nós que nem vemos por onde vamos.
Acabamos por atropelar tudo e todos e no fim, chegamos a um beco sem saída, sem retorno.
Sem espaço, ali condenados a levantar a cabeça e ver tudo o que perdemos para trás, sem hipótese alguma de regressarmos.

Queremos tudo.
Queremos tudo e nada pagar.
E que nos sirvam numa bandeja prateada.
Lei do menor esforço.

Queremos fazer o mínimo possível para termos o máximo possível.
É o ser humano na sua essência.
Menos por mais.
Isso e ser egoísta.

Imaginem se todos fôssemos todos assim:
Ninguém ajudava ninguém, ninguém dava nada a ninguém.
Estaríamos todos em casa na cama e morreríamos de fome porque não nos esforçávamos para sair do conforto da cama para ter de cozinhar e ninguém o faria por nós.

Menos olhos na meta, mais olhos a observar o redor.
Claro que não podemos tirar os olhos totalmente da meta sob pena da falharmos mas de vez em quando, convém fazer desvios e viver outras experiências, mesmo que impliquem esforço extra.

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