Saudades...
Palavra tão pequena mas que transborda de sentimentos...
De força, de esperança, de inocência e de tristeza.
O tempo passa.
Mesmo que não o controlemos.
Ele lá passa por nós.
Não o vemos passar.
Mas o sentimos passar.
E pesa-me,
Pesa-me na consciência ter visto chegar e sair.
Teres-me marcado a minha vida.
E ido embora, sem eu ter cumprido horários.
Não soube cumprir as regras.
E falhei o transporte contigo.
Ficando pela paragem.
Aguardo o teu regresso.
Todas as semanas ali te espero.
No nosso local habitual.
Para tantos, mais um local de passagem.
Para nós, um local de paragem.
Para mim, um local de segurança.
Um local onde o tempo não me tem controlado.
Um local onde todas as memórias se mantém intactas.
Até tu regressares, até eu te esperar.
Os dias vão passando.
A saudade aumenta.
Mas o teu sorriso se mantém preso.
Preso na parte de trás da minha mente.
Onde guardo todos os nossos momentos.
E pensando se não devia estar preocupado em comprar bilhete.
Devo esperar? Devo apanhar o próximo transporte?
Será que não nos cruzaremos mais?
Ou terei mais uma oportunidade?
Oportunidade de te segurar a mão.
De ouvir-te cantar e encantar.
Enquanto o tempo pára para nos ver amar.
Mas tu partiste e deixaste saudade.
Saudade de te voltar a abraçar.
Não sei se devo sair da paragem.
Arriscar te procurar noutras aragens.
Ou apenas libertar-me do tempo.
E deixar-te ir, desistindo das nossas memórias.
Não sei o que fazer.
Mas sei o que te dizer:
Tenho saudades tuas...

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