Tu não imaginas.
A agonia que me fazes passar.
Não sei o que me dói mais:
Se a ausência das tuas mensagens.
Ou o facto de quando me falas, não falas da carta que te mandei.
Disseste que tínhamos de falar.
E eu disse-te que sim, que o faria.
E perguntaste-me se preferia receber uma sms ou uma carta.
E aí fiquei triste, porque ambas as hipóteses eram à distância.
Entendi que era um "não".
Um "não" que me ias dar.
Mas não desisti.
E pedi-te para me seres honesta da forma que tu quisesses.
Silenciaste-te e os dias passaram.
E eu pensei que a tua escolha tinha sido a carta.
Mas os dias iam passando e nada dizias.
E eu ia torcendo para receber um "sim" teu.
Ia todos os dias à caixa do correio.
Na esperança de ver uma carta tua para mim.
Mas a caixa estava vazia.
Assim como o meu estado de alegria.
Mas lembrei-me de algo.
Tu não ias perder tempo para me enviar um "não" por carta.
E lembrei-me que provavelmente me farias chegar a carta numa altura especial.
E que melhor data seria que a do meu aniversário?
E o meu aniversário chegou.
E estou no trabalho mas pensando se carta já chegara.
Se o senhor do correio já deixou lá.
E se sim, o que lá dentro se encontraria escrito.
Espero que me tenhas enviado a carta.
Espero que me tenhas dito que sim, que sentes algo por mim.
Sabes que sou doido por ti e que me fazes feliz.
E gostava de te fazer sentir o mesmo por mim.
Dás-me indirectas que gostas de mim.
Mas dás-me distância e constróis muralhas entre nós.
Eu pensei em afastar-me, não sentir mais dor.
Mas eu gosto de ti e vou tentando superar qualquer obstáculo que exista entre nós.
Se não tiver a carta hoje.
Não saberei o que fazer.
Não saberei o que fazer.
Sei que devemos uma conversa um ao outro.
Mas agarro-me à esperança da tua carta.
Mandaste-me mensagem de parabéns.
E ainda falámos um pouco.
Mesmo depois de teres lido a minha carta.
E sabendo o que sinto por ti.
E continuas a dar-me esperanças.
Sabendo que só te consigo ver com amor no coração.
Não sei se me torturas por prazer.
Ou se estás a testar-me para ver se o "nós" é mesmo para valer.
Não sei quantas provas precisas.
Para te convencer que te amo.
Mas aqui vou continuando a tentar.
Mesmo que o assunto estejas a evitar.
Decidi que se nenhuma carta me tivesses dado hoje.
Falaria contigo normal e te convidaria a sair.
Sabes que vamos ter de falar disto.
E sabes que prefiro que me dês um "não" justificado.
Do que evites dar-me uma resposta.
Tantos anos que nos conhecemos.
Sabes bem que tipo de pessoa eu sou.
Assim como sei quem tu és.
E tu para mim és tudo...
Não te escondas...
Não me evites...
Vamos falar cara a cara, sem armas ou defesas.
E descobrir que nos estamos ou não, um pelo outro a apaixonar.

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