Eu fingi estar a dormir.
Enquanto tu te levantavas da cama.
Colocaste o teu robe e foste para a casa.de.banho.
E ouvi a torneira de água quente ligar.se.
E a porta meio estragada lá chiou para fechar.
O esquentador lá fez barulho.
Levantei.me da cama e segui o mesmo ritual:
Lá abri a porta e entrei devagarinho.
Vesti o meu robe e dirigi.me à mesma divisão.
E junto à parede de vidro embaciada perguntei:
"Precisas de ajuda"?
Aquelas gotas me sabiam bem mas a companhia ainda melhor.
E tu respondeste que talvez precisasses.
Não esperei que mudasses de ideias e fiz.te companhia.
Sinto o teu toque no meu cabelo.
Coloquei.te o gel de banho mas costas e gentilmente as esfreguei.
E viraste.te para mim e passaste as tuas mãos brancas pelo meu cabelo.
Era difícil perceber onde começava e acabava o corpo de cada um.
Apenas a sentir a cascata de litros de água que aterravam em nós.
E se espalhavam pelas nossas caras, olhos, bocas e qualquer curva dos nossos corpos.
Misturados e apenas juntando mais vapor àquele calor.
E tu não queres que me controle.
Tu provocas.me com as tuas mãos.
Cuidando de mim e ao mesmo tempo me acordando.
Sabes bem o efeito que tens em mim.
Quando estamos juntos, demasiado juntos, agarrados, colados . . .
Sabes que não me vou controlar.
E deixas cair o gel de banho, dobrando.te para o apanhar.
Tu deixas.te cair de joelhos.
Enquanto o teu corpo acabo de lavar.
Mas eu puxo.te para cima e empurro.te para o vidro.
Sabes bem o que despertaste em mim.
E mordes o lábio pois sabes bem que me queres dentro de ti.
Não existe ninguém melhor que eu para o fazer.
Claro que não foi inocente o teu gesto.
E sei bem o que tu queres.
Se o teu desejo é tão grande de te sentires mulher.
E ambos o sabemos.
No momento em que te agarro nas ancas.
E nos tornamos num só.
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