Voltando um pouco às origens e ao que tenho jeito: tristeza.
Se existe algo que me deixa sem reacção e sem saber o que dizer ou fazer é ver alguém chorar.
Eu identifico-me com a tristeza de cada um, seja qual for o seu motivo.
Mas o meu mal é que nunca soube, durante muito . . . MAS MUITO tempo . . . nunca soube o que dizer ou fazer. Durante anos dizia que ia tudo correr bem e que coisas melhores virão.
O que é a coisa pior de se dizer, pois se pensarmos bem, criamos expectativas nas pessoas e muitas vezes elas nunca se concretizam e também, quando estamos tristes, também nos dizem isso e para nós, nunca nos sentíamos melhor.
Pelo contrário: tínhamos expectativas e por cada dia que passava, nada mudava e apenas nos íamos fechando e ficando cada vez mais tristes, até ao momento em que nos refugiámos no nosso santuário: o nosso quarto, a nossa cama, o nosso computador e a nossa música. E nada era mais preciso (fora comida e w/c, obviamente).
Eu identifico-me com a tristeza de cada um, seja qual for o seu motivo.
Mas o meu mal é que nunca soube, durante muito . . . MAS MUITO tempo . . . nunca soube o que dizer ou fazer. Durante anos dizia que ia tudo correr bem e que coisas melhores virão.
O que é a coisa pior de se dizer, pois se pensarmos bem, criamos expectativas nas pessoas e muitas vezes elas nunca se concretizam e também, quando estamos tristes, também nos dizem isso e para nós, nunca nos sentíamos melhor.
Pelo contrário: tínhamos expectativas e por cada dia que passava, nada mudava e apenas nos íamos fechando e ficando cada vez mais tristes, até ao momento em que nos refugiámos no nosso santuário: o nosso quarto, a nossa cama, o nosso computador e a nossa música. E nada era mais preciso (fora comida e w/c, obviamente).
Mas há uns meses descobri um poder. Pronto, foi-me mostrado por uma amiga, numa das alturas em que estava pior. E ela chegou-se a mim e deu-me um abraço. Não houve palavras, não houve nada depois. Apenas ali o tempo parou durante o abraço e por uns momentos, estava em paz comigo e feliz.
Um abraço é provavelmente... Não! Na minha opinião sincera, um ABRAÇO é o melhor que podemos oferecer em situações em que outros estão tristes.
Há uns tempos, convidei uma amiga minha a sair comigo e outros amigos, porque também já não a via há muito tempo e decidi convidá-la a sair a um café. (Não, é apenas uma amiga e uma das minhas amigas de maior duração que tenho).
Há uns tempos, convidei uma amiga minha a sair comigo e outros amigos, porque também já não a via há muito tempo e decidi convidá-la a sair a um café. (Não, é apenas uma amiga e uma das minhas amigas de maior duração que tenho).
Divertimo-nos, rimo-nos e depois fui-lhe deixar em casa. Falámos um pouco mais antes de voltar e ela desabafou que tinha falecido alguém que ela gostava muito, uma tia dela. Ofereci-lhe lenços e ela recusou, porque ela é do tipo de rapariga que é forte e independente e não quer dar a parte fraca e não quer que lhe tratem como se fosse uma boneca de porcelana.
Mas assim que saímos do carro, eu dei a volta ao carro e enquanto ela dizia que para irmos falando e eu dando-lhe notícias, decidi puxar-lhe para junto de mim e dei-lhe um abraço forte.
Ela não chorou, apesar de ainda ter algumas lágrimas a escorrerem pela cara.
Ela apertou também o abraço e agradeceu aquele momento.
Disse-lhe que por muito pouco que falemos ou por muito que se tenha passado entre nós, ela poderia contar sempre comigo para tudo, pois ao fim ao cabo, ela é das minhas melhores amigas que tenho e alguém a quem posso chamar "família".
Todos temos esse poder. O poder de dar um calor ao coração, um sorriso na cara e fazer qualquer pessoa esquecer os seus problemas ou torná-los insignificantes, minimizando as feridas.
E para tal, basta abrir os braços e prendê-los num longo e forte abraço sentido.
E por muito que qualquer pessoa não queira esse contacto ou que diga que está bem, ninguém quebra o abraço assim que alguém o dá, pois o abraço foi para todos nós a primeira lembrança de segurança que temos desde crianças. E quem somos nós para quebrar esse laço ao passado?
Mas assim que saímos do carro, eu dei a volta ao carro e enquanto ela dizia que para irmos falando e eu dando-lhe notícias, decidi puxar-lhe para junto de mim e dei-lhe um abraço forte.
Ela não chorou, apesar de ainda ter algumas lágrimas a escorrerem pela cara.
Ela apertou também o abraço e agradeceu aquele momento.
Disse-lhe que por muito pouco que falemos ou por muito que se tenha passado entre nós, ela poderia contar sempre comigo para tudo, pois ao fim ao cabo, ela é das minhas melhores amigas que tenho e alguém a quem posso chamar "família".
Todos temos esse poder. O poder de dar um calor ao coração, um sorriso na cara e fazer qualquer pessoa esquecer os seus problemas ou torná-los insignificantes, minimizando as feridas.
E para tal, basta abrir os braços e prendê-los num longo e forte abraço sentido.
E por muito que qualquer pessoa não queira esse contacto ou que diga que está bem, ninguém quebra o abraço assim que alguém o dá, pois o abraço foi para todos nós a primeira lembrança de segurança que temos desde crianças. E quem somos nós para quebrar esse laço ao passado?

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