sexta-feira, 21 de agosto de 2020

E com isto se aprende

Ao receber mais uma vez a confirmação que sou mais feliz e livre sozinho faz-me pensar se realmente isso é verdade ou se criei uma esfera que me impede de pensar o contrário, a minha experiência não me deixa ter falta de algo que tenho pouco, acho que no fundo é possível que seja isso

Não preciso de tanto estímulo, dou mais valor ao carinho e á confiança do que ao sexo

E sim, a minha última relação acabou por causa disso, julgo eu que tenha sido pelo menos, não fui capaz de a satisfazer dessa forma porque ao prometer-me que ia esperar, não esperou, quis forçar, não conseguiu, acabou

De outra vista, talvez nunca irei ter algo especial, pois se todas as mulheres esperam isso de um homem, aquela que não foge ou se afaste ao facto de eu ainda ser virgem será boa, mas prometo que não omitirei mais isso, se isto for verdade ou arranjo alguém para evoluir comigo, o que na minha idade é quase impossível pois praticamente todas já tiveram a experiência, ou assumo, de uma vez por todas, que quero estar é sozinho e as mulheres, passo a expressão, que se fodam

Alexandre Homem

terça-feira, 30 de junho de 2020

Veracious Truth

Another midnight walk...
Without anyone to talk...
The streets are quiet
But my mind is on riot.

I look up to the sky
Letting my heart pounding high.
I can't stand it no more.
I need to rush to your door.

I need knock it and tell you
That I miss the scent of your shampoo.
Missing your bright smile from ear to ear.
Loosing you is my greatest fear.

You disappeared and never called back.
I waited and waited but still my heart is black.
Without you I'm going blind.
Without you I'm slowing losing my mind.

Because I need you in my life.
I desperate need need you back in my life.
Your absence feels like a cut throating knife.
Come back, I want to make you mine.
Please come back, I want to make you my wife.

I know you think I moved on.
That I'll find a better one.
But that's a lie.
Everyday Without you, feels like I die.

I need you, my star.
Like a driver needs is car.
Please oh please come back my heart.
Please, may we never be another moment apart.

Just like the water running through river.
A happy end I'm trying to deliver.
I missed you, I want you, I love you.
But you think I found someone new...

I just want to make things right.
I'm not looking to pick up a fight.
Just trying to save our life.
Please be mine!...

Because I need you in my life.
I desperate need need you back in my life.
Your absence feels like a cut throating knife.
Come back, I want to make you mine.
Please come back, I want to make you my wife

I'm not mad, I'm not sad, just drunk in love Kind of a lad.
You have my heart, we share a bond, it's magical and beyond.
Just want to make the right choice.
Vera, just want to make you happy, please hear your inside voice.

You will see the answer. 
That I'm your perfect co-dancer. 
We belong together, so please come back and talk again. 
Now and forever, to love each other without any constraint... 

Because I need you in my life.
I desperate need need you back in my life.
Your absence feels like a cut throating knife.
Come back, I want to make you mine.
Please come back, I want to make you my wife. 









Ly Vera. Now and forever. 
I am not mad at you. 
We still have a pact. 
And I intend to keep it. 

But I thought you should know that you mean the world to me. 
Miss you very much. 
And love you with all my heart... 

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Capítulo 9 - Desespero por palavra

No dia em que pedi liberdade eu consegui, o meu ditador foi de férias e eu fiquei a guardar o seu reino, por mais autoritário que seja ele pelo menos confia em mim para tal, para manter as coisas limpas e tal... Isso já não deveria ser prova suficiente que consigo ter essa minha liberdade? Infelizmente eu sei que nunca, pelo menos até ao dia em que sair, nuca serei reconhecido como responsável, porque nunca estará nada bem para ele

09-06-2020

Capítulo 8 - O que se deveria dizer?

O que deveria eu dizer quando a vida me vai correndo bem? Arranjei uma mulher, que espero que dure, apesar de todas as minhas dúvidas, estou bem na minha profissão e cada vez a subir mais, aos poucos mas lá vou, tenho amigos que me garantem e me provam todos os dias que me querem e gostam de mim

Então como tal, que deveria dizer? Aqui, cujo objetivo era apenas largar a minha dor nas palavras? 

Talvez deva assumir a estratégia de simplesmente deixar a minha felicidade fluir? Nem tudo é uma mar de rosas, isso todos sabemos mas uma coisa é certa, há picos, e se este é o meu pico de felicidade, logo logo, irá acontecer alguma coisa má para escrever aqui

Mas até lá fico só isto, a garantia de que estou bem por enquanto

22-05-2020

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Uma Hora, Mrs Jolie

Mais uma noite mal dormida. Noites claras a olhar para o tecto.
Curiosamente nos dias em que trabalho não acontece isso?
Serão saudades do trabalho? Estou a semana toda em casa de férias. Talvez seja o stress a acumular sabendo que quando voltar terei muito em atraso.


Estou a pensar nisto quando no canto do olho vejo-te a deslocar para cima de mim. O teu cabelo cobre o rosto. Lara Croft, tal alcunha te dão e te assenta bem, conforme características físicas que tens.


Com aquele vestido branco de seda que tens preso abaixo dos ombros... ele solta-se devagarinho e percorre cada centímetro do teu corpo por cada segundo que passa e deixa-me cada vez mais fora de mim. 

Não me transformo em nenhum animal mas sim pareço ficar calmo, confiante, silencioso. Quase como se fosse um psicopata. Mas não o sou, quebro o transe e rodo-te para ficares por baixo de mim. O brilho no teu olhar e o sorriso fugido dão asas à imaginação mas o teu corpo faz de âncora de forma a não fugir de ti.

A noite transforma-se num espaço remoto, uma ilha paradisíaca. Passeamos de mão dada sob a breve brisa caraíba, areal tão branco que consegue rivalizar com o teu vestido e apenas o som do mar calmo conseguem quebrar algum gelo.

Olho-me de alto abaixo e vejo que estou todo musculado e super magro. Gosto do que vejo, embora nunca me imaginasse assim. E apanho-te a olhares de alto abaixo com desejo e luxúria.

Cruzamos olhares, sorris e te aproximas e dou por mim no areal, contigo por cima. Não resistimos aos nossos impulsos, o local não poderia ser melhor. E conseguimos chegar juntos à terra prometida, enquanto apertamos a mão um do outro. 


Sorris de prazer e exclamas bem alto. E em simultâneo começas a desaparecer e começa ficar tudo branco em redor.
Abro os olhos. Estou no meu quarto de novo, sozinho.


Foi um sonho? Cada vez menos parece. Mas sim uma realidade. Se te quero? Acho que é mais uma questão de desejo espontâneo e não de continuidade. Mas não imagino que te importes. Pelo que sei, tu até querias. Esperavas que desse o primeiro passo.

Daria guerra civil. Daria, iríamos levantar muitas ondas. Mas não estava preocupado. Se queres, estou cá. Ou será isto um sonho também?

Não, não é nenhum sonho, é apenas stress do trabalho.
Bastante stress pelos vistos. 

domingo, 17 de maio de 2020

Irresponsabilidade Peitoral


Desde o corona começou, as redes sociais mostraram cada vez mais o lado estúpido das pessoas.
Mais tempo em casa  = Mais azo à estupidez.

E se fores como eu, começas a sentir que estás a apanhar algum vírus informático por ver o que os outros escrevem e partilham.
E isto dobra em valor de estupidez, tal multiplicador de ataque à inteligência humana quando se fala em redes sociais amorosas.

Podem considerar que estou errado, que tenho azar, que apenas são coincidências do destino.
Não, não existem coincidências. Existem probabilidades e essas aumentaram quando nestas piscinas de relacionamentos entraram pessoas que têm como descrição os seguintes exemplos:

"O corona trouxe-me aqui."
Trouxe? Como? Estar no Tinder agora é um método para prevenir o contágio da doença ou uma cura? Eh pah, toda a gente no Tinder para ninguém apanhar o vírus.
Não, a verdade é que não tens vida interessante e as tuas amigas é que têm, mas por causa da pandemia não podes sair de casa e estar com elas e assim procuras algum sentido nestas apps. Caso não saibas, se não te achas interessante ou se nada de interesse tens no cérebro, pouco provavél que alguém queira interagir contigo. Aprender um instrumento ou uma nova língua.

"Só estou aqui para encontra a Joana Maria".
Este consegue ser pior. O facto de não poderem ir às compras de hortaliça deixa esta gente maluca. E começa a entrar em ressaca e começa a ver verde em tudo o que é sítio. E pronto, lá pensam que alguém lá vai vender as alfaces e couves que procuram. Mas mesmo que encontrem alguém, ainda não sei como se manda esse tipo de coisas por E-mail. Uma vez que não se pode sair de casa, pouco provável que comprem algo. Para ajudar, as apps são vermelhas, roxas, laranjas. Nenhuma delas é verde. Uma boa dica para lembrarem que ali não é horta. A não ser que procurem tomates, bananas, melões e melancias...

"Nada procuro aqui".
Se nada procuras aqui, que estás aqui a fazer? Apaga a conta e faz algo da tua vida.
Mas tens conta. Então eu sei quem és: uma coleccionadora.
Só estás ali a dar match a todos e fazer competição com as amigas para ver quem consegue mais pares. Quando há match, raro haver mensagem vossa. Então se querem arranjar cromos, escrevam para a Panini, já que vós sois umas panhonhas.

Há mais exemplos mas não é isso que quero desabafar.
O que me irrita é que antes de começar o vírus em Portugal, a percentagem desta gente nestas apps era um décimo do total (10% para quem não sabe). Mas desde que isto começou, esta porra de gente veio tal agrupamento de mémés e elevou este número para 89% ou mais.

Assim, para as pessoas que genuinamente querem falar e conhecer pessoas (tipo eu, tipo tu, tipo uma pessoa normal) torna-se mais difícil encontrar alguém verdadeiro para obter uma amizade verdadeira. Todos os meus amigos e amigas solteiros já desinstalaram estas apps por causa destas coisas (sim, nos homens também há disto, para além do típico "Olá, quero-te comer") e preferem esperar que o vírus passe para arranjarem uma actividade ao ar livre.

Mas eu sou mais caseiro e devo ficar pelas apps. Mas também espero o fim desta pandemia do covid19 para ver-me livre da pandemia das mulheres ocas e estúpidas que se parecem multiplicar à mesma velocidade que o corona. Não desejo mal a esta gente, mas deveria haver uma app só para pessoas inteligentes (um teste de IQ ajudava a estabelecer um mínimo) e assim haver esperança no futuro da humanidade.

Não sou algum santo. Mas nunca tive casos de uma só noite. Tive amizades coloridas. Porque embora não houvesse vínculo, nunca fora essa a minha escolha inicial. Mas eu só sou capaz de me envolver com alguém se tiver confiança e respeito pela pessoa, ou seja, uma amiga verdadeira. E como tal, também não sou capaz de "fazer" e virar costas. Portanto, fora sempre algo mais periódico mas acima de tudo a amizade prevalecia.

Eu prefiro um namoro sério. Mas se fizer amizades, já ficava feliz.
Portanto, se fores uma mulher verdadeira e não te revês ali em cima, tens aqui um amigo se quiseres falar ou conhecer.

Beijinhos  e abraços.
Filipe.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

753

Talvez seja a falta de noites bem dormidas.
Talvez seja o excesso de testosterona.
Talvez esteja a dormir e já tenha a caixa de sonhos cheia.


Estacionei. Conduzir em modo automático, a dormir ao volante é super perigoso e não recomendável. Mas tenho de ir trabalhar, transportes são escassos e não há alternativas viáveis.

A viagem foi curta. Tenho um autocarro à espera noutras paragens.
E cá vou eu, meia dúzia de gatos pingados.
Não começasse logo a chover enquanto espera o autocarro.



Não sei, sinto-me melancólico.
Ou quererei eu dizer apático?


Sim, apatia, moleza, inércia.
Inerte ao ponto de me deixar sentar num dos múltiplos lugares do autocarro de fechar os olhos e deixar-me levar pelos sons do motor até ao outro lado.



Acordo na paragem seguinte.
Pela janela nada se vê, observa, contempla.
As portas abrem, as pessoas entram.
Volto aos meus sonhos.

Sou interrompido.
Abro os olhos.
Tu sorris.
Por um breve instante fico surdo.


Tu sentas-te ao meu colo.
Sorrimos e tu aninhas-te no meu pescoço.



Dou-te a mão.
Fechamos os olhos.
Tudo parece calmo.
Tudo é tão escuro.



A música muda.
Algo mais animado.


Abro os olhos.
Tu já não estás.
Mas eu estou no meu destino.

Saio do autocarro.
Sem olhar para trás.
Não espero uma explosão.
Mas soube-me bem aqueles 753 segundos de pura fantasia.

quinta-feira, 26 de março de 2020

Primeiro Degrau

 










Não sei em qual música me basear pois ambas enquadram-se no assunto. Talvez seja a segunda vez que escolha a segunda música mas não importo, o que é bom partilha-se (excepto memes, isso é repost e merecem destinos cruéis tais pessoas).

Bem, tenho a dizer....

PEÇO DESCULPA A TODOS!

Não têm sido dias fáceis.
Não é tanto por causa da pandemia que assola o planeta devido a gente que não é higiénica e é egoísta ao ponto de indirectamente matarem os vizinhos do lado. Deviam começar a ir presos mas pronto, não quero saber dessa gente. Quer dizer, são gente? Pelo que vemos na televisão, são animais mas a comunicação social digital também mostra o que quer e são poucos os artigos não influenciados por terceiros...

Whatever, mais uma noite em que acordo a meio da noite. Já estranho quando durmo bem, sem interrupções e sem problemas de atenção. Mas desta vez tem sido diferente. Desta vez o meu poço está seco e vejo uma pequena luz intermitente de lanterna. A luz lá fixa e cubro a vista, já há muito que estou habituado ao escuro que fiquei sensível ocularmente. 

Oiço um ruído e algum pó cai para cima, com algumas pedrinhas. Protejo-me e me encosto a uma das paredes, tendo a cabeça entre as pernas, abrigando-a com as mãos. 

O barulho pára. Olho em frente e vejo uma escada de corda. Olho para cima e a luz continua bem acesa lá em cima. É pequena mas mantém-se ali imóvel. Algo tapa a luz e vem a descer super devagar. Parece uma esfera achatada. Não percebo ao início até chegar às minhas mãos. É um balão mas tem um pequeno fio atado com um envelope.

Leio: "Luz ao fundo do túnel? Cliché mas tu gostas. Desculpa a demora mas estou aqui para te salvar. Queres ser salvo?".

Tinha ali uma escolha: Podia escapar com esta ajuda e voltar ao normal, ter a possibilidade ter uma vida. Mas estava tão acomodado a estar no fundo que já nem o frio ou a fome me incomodavam. Tique taque. Olho para o pulso: o relógio que não uso marca 27 horas e 53 minutos. O ecrã rachado fez voar o ponteiro dos segundos há muito tempo quando tentei escapar, seja escalando e caindo, seja esmurrando a parede e mesmo cavando. 

Cai algo atrás de mim. Viro-me e apanho o objecto.
Uma pequena flôr. Não consigo perceber a cor mas consigo perceber que foi bem tratada. Aí percebo. Sou eu, em símbolo, em metáfora. Jovem, com tudo para viver, que fazia eu no poço?

Juntei algumas pedrinhas e fiz uma cama, deixei o meu relógio em cima e plantando a flôr à frente desse pequeno jazigo. A flôr reagiu instantaneamente e endireitou-se e começou a brilhar. Sorri, verti mais uma lágrima e agarrei a escada.

"Isso mesmo! O primeiro passo custa mais mas estou cá para te ajudar.".

Estou a caminho, degrau a degrau, hei-de chegar a ti... 

quarta-feira, 25 de março de 2020

Capítulo 7 - Não querendo esconder nada

Porque apaguei o capítulo 5? Porque eu mostrei á pessoa que me hipnotizou no ano novo esta obra que é criada na minha mente todos os dias que penso, mas agora que se tem tornado cada vez mais especial já não tenho medo de lhe dizer o que aconteceu então voltei a postá-lo, até hoje, que já passou muito tempo de ter organizado bem os meus pensamentos vos digo as novidades, cansei-me de falar na terceira pessoa, pelo menos para já que EU estou no controlo, tenho trabalho e ando cansado, desta vez não de viver, simplesmente cansado, tenho alguém que me quer e que está a respeitar o meu espaço e tempo e como disse em cima, cada vez se torna mais especial, eu queria tentar manter as 1000 palavras que prometo a mim mesmo mas fica difícil, têm-me acontecido coisas muito boas, a mim pelo menos, no geral temos o tal pânico da nova epidemia, se por acaso eu morrer para ela, não descartando a possibilidade eu peço ao Filipe para continuar esta obra, sim, vou ser muito direto e vou começar a dizer nomes a partir de agora. Então e a C? A C teve o que merece, ficou sozinha e agora esforça-se para voltar a ter aprovação, o seu cãozinho cujo vou atribuir a letra F, arranjou outra mulher para seguir, bem melhor que ela, mais recíproca, bem bonita até, devo admitir, nerd assim como ele, e devo atrever-me a dizer, bem boa, sim, nesse nível, desculpa se estiveres a ler isto F mas eu respeito muito á A e a ti, foi rápido, até para mim mas eu também estou numa situação rápida da coisa por isso tens todo o meu apoio
Claro que nem tudo pode ser bem, ao mesmo tempo que escrevo isto alguém está a jogar Plague Inc no PC errado, ainda bem que investiu na mortalidade mais cedo do que no contágio, otário, contudo não é algo que se deixar para trás nem levado a brincar, façam memes á vontade que eu preciso de me rir, mas vamos ter noção do perigo que isto poderá ser, talvez nem haja capítulo 8 se eu morrer com esta epidemia nova, ou quem sabe, se esta obra não recordará a história desde vírus novo para as próximas gerações
Faz já bastante tempo que não uso aquele Twitter que criei para ofender as pessoas, assim como o meu Instagram secundário, só o tenho usado para ver cosplay mas continuo a não dar like, retweets ou comentar
Já tiveram aquela sensação que sabem mais do que a pessoa que vos é suposto ensinar? Estes dia têm sido bem assim
12-02-2020
13-02-2020

quarta-feira, 18 de março de 2020

Diabolus autem ego in vobis

(Tradução: Eu te expulso demónio)

Ultimamente tenho tido dificuldade em dormir.
Não, não estou com falta de hora ou outro sintoma do CoronaVírus.
Apenas tenho tido sono intermitente. E nessas falhas sonâmbulas, de tudo o que pode aparecer, tens de ser tu?

Pensei que já tínhamos falado sobre isto. Tu és passado, tu finges e manipulas todos que a culpa foi minha e me ofereceste patins mas no entanto, continuo obviamente sem saber ter equilíbrio para andar naquilo e também não são o meu número, logo nem me cabem. O que todos vêem e não admitem é que são sim o teu exacto número.

Bravo, passaste de zero amigos para hipnotizares dois meus. Culpa minha, eu é que te os apresentei. A lógica deles em deixarem de me falar é redondamente quadrada. Melhor dito seria vos chamar estúpidos. Mas coitados, não sabem o que fazem. Estão presos naquela teia, de livre vontade ou apenas porque não querem cair no esquecimento, mesmo que para isso entrem numa dança perigosa com uma sociopata.

Pergunto-me se serei a primeira escolha em virem falar quando se estiverem a esvair em sangue depois de verem o vosso interior triturado e mastigado pelos dentes dela. Um de vós sim virá mas não sei se abrirei a porta. Afinal, a minha bondade tem de ter limites e virá ele contaminado e eu recuso-me a ser envenenado. Avisei-o mas ele já estava vidrado. Mais uma vez, culpa minha.
Quanto ao outro, já andava na minha sombra anos e anos a ver quando me a conseguia desviar de mim. Apenas facilitei e saí do caminho e lá ele pode dizer que finalmente me conseguiu vencer. Parabéns rapaz, eu sabia que conseguias "sozinho" me "derrotar".


("Stand at the edge of the world and let it go. I ain't praying and waiting for a miracle. Sometimes it's amost to must, shifting throught ashes and dust...of what is left of us")

Enfim, interrupção à parte, não sinto nada falta dela. E para ser honesto, deles também não. Causas perdidas? Provavelmente. Muito provavelmente.

O que me dá razão são linhas temporais. Causa-efeito. O que todos combinam que é a causa, é apenas o efeito das minhas escolhas. Mas explicar isto a eles ou a uma parede, teria mais sucesso com a parede pois ela eventualmente reagiria e me viria abraçar.

Voltando ao início...

"Vai de retro, Satanás!"

Deixa-me viver a minha vida em paz e sossego. Não tens necessidade de me vires atormentar nos sonhos, com perseguições de carro e eu em trotinetes antigas. Porquê trotinetes? Sei lá, nem eu sei explicar.

"Kill Filipe Kill".

Metam a vírgula onde quiserem, oiço ambas as vozes, seja a dela ou seja uma mais profunda minha. Não me renderei a violência desnecessária, embora ache que o castigo dela virá com ou sem mim à mistura. E admito, que teria mais prazer sem ser por minha mão mas eu no fundo da imagem sentado numa cadeirinha de praia de guarda chuva e pipocas, para o eventual derrame teu. Desde que não me juntes vermelho às pipocas, está tudo bem.

E vamos ser honestos, quando saírem do trance onde estão eles e ambos sabemos que eventualmente isso acontecerá, tu estarás sozinha. Anos passarão até isso acontecer mas eu sei que serei a primeira pessoa a vires visitar, a te ajoelhares, a dares tudo por tudo para eu te dar a mão. E por um lado podia deixar-me reger-me pelos desejos de Rafael Nobre ou mesmo por outro mais macabro mas provavelmente só verás um sombra minha.

Erguerei uma nova muralha, sem armadilhas mas apenas com um buraco na parece. Para poderes ver o que realmente é ser feliz. Onde estarei eu com a pessoa certa, onde tudo o que eu mereço obterei e nesse momento te olharei a espreitar, irei ter a esse buraco, uma última vez te olharei nos olhos e quando te vir quebrada, na tua verdadeira forma, irei colocar o tijolo que falta e fecharei o muro.

Mas nem tudo será mau, olharás para trás e me verás. Ou pensas tu que sou eu. Serei eu de há décadas atrás. Tu claro que irás, numa última tentativa de manipular mas irás te aperceber de que estás numa ponte frágil e que vai-se partir com o teu peso apenas, assim que chegares ao meio, assim que chegares ao eu que querias, ao eu que poderias ter tido.

"Vale, Daemonium".