Não sei que significado retirar da chuva, foi numa manhã de chuva que nos conhecemos, mas também foi numa tarde chuvosa que te perdi para sempre. Como se de areia a escapar-me pelos dedos num pôr-do-sol à beira-mar se tratasse. Mas sem a areia e sem a paz e a beleza de um pôr-do-sol numa magnífica praia onde a luz alaranjada do sol ilumina o horizonte deixando tudo mais belo.
Foi naquele final de tarde de muita chuva e trovões que o telemóvel tocou só podiam ser notícias tuas, atendi na esperança de serem boas novas, mas em vez disso apenas se ouviu um lamento e um silêncio horrível que espero nunca mais enfrentar. Inevitavelmente seguiram-se as lágrimas, a profunda tristeza, a vontade de te ter de volta nos meus braços, de ouvir a tua voz uma última vez, o teu lindo sorriso e o teu abraço, poder te dizer o quanto eras importante e quanto te amava. Numa questão de segundos já não estavas cá, só queria te puder dizer uma última vez que sinto imenso a tua falta, que ainda te ligo mesmo sabendo que do outro lado só vou ouvir que o número não está atribuído, que todas as manhãs acordo e olho para o telemóvel na esperança de ter sido só um pesadelo e de ter uma mensagem tua de bom dia. Apenas depois deparo-me com a dura realidade de que não foi um pesadelo e que nada há a fazer, que não há sempre solução para tudo. Lembro-me de ti a toda a hora e penso que não é justo o que te aconteceu, o que nos aconteceu.
Tenho noção que passei a caminhar sem ti mas só te hei-de esquecer algum dia em que já não controle a minha mente.
MF
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