Então, ela fugiu...
Deixou-me a contemplar a janela do comboio e o seu exterior.
A ver em toda a linha pessoas e carruagens.
E o relógio a avançar lentamente
Ele pensa no há quanto tempo não escreve no blog.
Ele sabe a resposta.
Não do tempo mas do motivo.
Ele não escreve por se sentir feliz.
Feliz... porque pensa nela.
E enquanto não há decisão, ele está neste limbo.
Feliz mas a baloiçar e uma brisa o pode atirar para o fundo.
Ele sente-se embriagado.
Não de amor? Talvez mais de desejo? Não, algo mais que não sabe descrever.
Desde há muito que não se sente assim.
E em vez de rabiscar estes pensamentos e me entreter.
Dou por mim a suspirar por ela.
Pelo sorriso dela.
Pelo corpo dela.
Pela sua personalidade.
Ele não se sente seguro de si.
E ela escapa-lhe por entre os dedos, no meio de um nevoeiro, que talvez.seja imaginado por ele.
Ela é tão branca, tão pura.
Ou será do nevoeiro que falo.
Será que estou assim pois gosto do desconforto que a névoa branca me provoca? Do frio fresco que percorre as minhas costas e me verga, deixando-me indefeso perante a insegurança da brisa.
Ele sabe que cairá, mas para que lado?
Para aonde?
O que o aguarda em baixo?
Ele sabe que provavelmente será o que espera e o que lhe acostuma, que lhe habitua, que o encaminha ao lado e dentro dele.
Mas ele quer aproveitar o estado de insegurança e enquanto escorrega da fofura das nuvens, ele sabe que imagina que está enamorado...
Enamorado por essa silhueta branca que se encontra no canto do olhar dele.
Pronto, e assim se criam posts do nada.
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