quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Quase Valenti(m)


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Era para ter saído. Mas fiquei em casa.
Tive planos mas foram rasgados à última hora.
E assim passei o dia de S.Valentim: em casa, de volta do youtube e das minhas tentativas de adiar o sono e resmungar de manhã por ter dormido pouco.

Tinha uma saída marcada. Era para ser a primeira, desde há muitos meses, quase dois anos para ser exacto. E embora não fosse fã da proposta feita, aceitei-a sem alterar uma vírgula.

Quis dar-lhe uma noite memorável porque a mulher em causa merecia. Ia ao sushi com alguém que também é fã, algo raro de encontrar nestes dias, pelo menos para mim. Teria de ir de fato mas ela levava vestido. E se o tempo permitisse, haveria um passeio pelo areal da Caparica.

Talvez antes mesmo do jantar fosse o passeio, para poder disfrutar de um pôr-do-sol lindo com ela. Mas não tão lindo quanto ela. Provavelmente, enquanto ela observava o Sol esconder-se por dentro do oceano, estaria eu a esconder-me no brilho dos olhos dela. Mas se fosse um passeio nocturno, estaríamos rodeado de estrelas e eu não saberia qual seria o melhor.

Lembro-me de quando nos conhecemos. Tímidos mas fomos nos conhecendo e descobrimos muita coisa em comum. Nada disso importava na altura, uma vez que ambos sabíamos que iríamos seguir caminhos diferentes. Mas ficaste no meu pensamento.

Ainda hoje te encontras lá. Mesmo passado seis anos, continuas por aqui, na minha mente e felizmente, voltámos a nos encontrar. Diferentes mas as mesmas pessoas de quando nos conhecemos. Sem segredos um para o outro.

Penso que ontem, a noite poderia ter sido mais animada. Em vez de videos, estaria contigo. E contigo, em dia e clima romântico, saberia que poderia tentar algo. Talvez me partisses aos pedaços depois, dada a tua experiência em artes marciais. Mas algo me diz que seria diferente. Que gostarias que tivesse tentado. Que deixarias acontecer...

As nossas conversas têm evoluído e há dias ficaste chateada quando parecia que te estava a despachar. Mas não estava. E expliquei-te que nunca te iria despachar. E coloquei aí o ponto final. Na verdade, a frase completa seria algo do género: "...eu nunca te vou despachar. Pelo contrário, queria que estivesses sempre comigo...".

Mas tenho receio. O mesmo receio de quando era miúdo e gostava de ter 100% nos testes. O receio de nunca falhar.
E apesar de ter um historial de coleccionar tampas, era diferente.
Porque és diferente. Porque és ... tu....

Espero ter outra oportunidade contigo.
Mas fico feliz por te ter conhecido e por te poder chamar...amiga.

Até já, pequena.

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