Deixou-me a contemplar a janela do comboio e o seu exterior.
A ver em toda a linha pessoas e carruagens.
E o relógio a avançar lentamente
Ele pensa no há quanto tempo não escreve no blog.
Ele sabe a resposta.
Não do tempo mas do motivo.
Ele não escreve por se sentir feliz.
Feliz... porque pensa nela.
E enquanto não há decisão, ele está neste limbo.
Feliz mas a baloiçar e uma brisa o pode atirar para o fundo.
Ele sente-se embriagado.
Não de amor? Talvez mais de desejo? Não, algo mais que não sabe descrever.
Desde há muito que não se sente assim.
E em vez de rabiscar estes pensamentos e me entreter.
Dou por mim a suspirar por ela.
Pelo sorriso dela.
Pelo corpo dela.
Pela sua personalidade.
Ele não se sente seguro de si.
E ela escapa-lhe por entre os dedos, no meio de um nevoeiro, que talvez.seja imaginado por ele.
Ela é tão branca, tão pura.
Ou será do nevoeiro que falo.
Será que estou assim pois gosto do desconforto que a névoa branca me provoca? Do frio fresco que percorre as minhas costas e me verga, deixando-me indefeso perante a insegurança da brisa.
Ele sabe que cairá, mas para que lado?
Para aonde?
O que o aguarda em baixo?
Ele sabe que provavelmente será o que espera e o que lhe acostuma, que lhe habitua, que o encaminha ao lado e dentro dele.
Mas ele quer aproveitar o estado de insegurança e enquanto escorrega da fofura das nuvens, ele sabe que imagina que está enamorado...
Enamorado por essa silhueta branca que se encontra no canto do olhar dele.
Como prometido ontem, aqui contarei ao facebook no que estou a pensar:
"Querido Facebook,
Tu és um bocado melga em estar sempre a perguntar às pessoas no que estão a pensar em toda a hora.
Mal entra-se no Facebook e perguntas logo no que penso, onde estou, com quem....
Nunca te pedi para seres minha mãe, namorada, esposa ou amante, portanto não percebo o porquê de quereres desempenhar esse papel.
Não tenho assim uma vida muita interessante.
Posso-te resumi-la em poucas palavras: Amigos, jogar, trabalhar, conduzir, wrestling, trolar e anti-social.
Pronto, eu sei que vais reclamar do facto de amigos não combinar com anti-social. Eu explico: Não estou 100% do tempo com eles e francamente, ninguém consegue estar 100% com a mesma pessoa (aí Deus ou o que tu acreditares que criou o universo) decidiu dar-nos alternativas a comunicação (Jogar, conduzir, música, e até mesmo w/c, sim porque sejamos sinceros: pelo menos uma vez por dia usamos o w/c como refúgio da sociedade, para termo um local para pensar, isto claro, para quem não usa ou não consegue usar a cama para tal).
Mas não é isto que tu me queres ouvir dizer (ou escrever) aqui. Tu gostas de espalhar a palavra de todos, mas eu não te sigo, pois continuo a pensar que és um pouco melga e que me fazes mal e talvez não fosse mal de todo abandonar estes rituais azuis e procurar alternativas....
Mas esses tempos virão. Agora, posso-te contar um conto de fadas....
Era uma vez, num sítio C, ocorreu uma festa e toda a aldeia de pedra estava convidada, sem precisar de dar um tostão, pois lá, a Caça ao Coelho estava legalizada.
Continuando, certa pessoa P, decidiu ir à festa, uma vez que já não ia lá há muitos anos e que não tinha companhia. Então lá o P levou a sua esposa E e foram ver a festa, cheia de comida, música e presentes. Mas claro, P andava sempre desconfiado pois P sabia que nos últimos dias, havia uma bruxa B que andava a espiá-lo mas nem E nem ninguém acreditava nele.
Então durante a festa, ficou tudo escuro e uma a uma todas as pessoas começaram a cair ao chão inanimadas. P agarrou na mão de E e esconderam-se numa diversão tipo catapulta, pois P tinha a sensação que isto era obra de B. Então P virou-se para E e viu-la caída no chão e ao pé dela estava B.
Sem ninguém para o salvar, P teve de escolher entre enfrentar B e sua legião de goblins G ou de accionar o comando da catapulta e arriscar entre a vida ou morte num jogo de alturas. P agarrou no braço de E e accionou o dispositivo, atirando-lhes para bem longe dali mas P não sentiu o braço de E e não a conseguia ver naquela altura, na aquela escuridão e começou a sentir-se cair.
Saberia que sobrevivência era um hipótese pequena e sem E, ele gostava que essa hipótese fosse zero. Mas quando P acabou por cair no rio R mas sem força para nadar. Viu-se a ir ao fundo do R, sem força para se salvar, deixando-se levar pela corrente.
Acordou, deitado no chão do seu quarto às tantas da manhã, sem ter percebido nada do seu sonho, embora com uma certeza: muitos dos G estão a espiá-lo via estas linhas azuis e mesmo sendo um contra todos, P iria fazer tudo para derrotar B de vez, para poder ser feliz com E. Até esse dia chegar, P vai bloqueando os G quando os descobre para não voltar a ser capturado...
Cnclusões: P tem uma B atrás dele, que usa G para o seguir aqui.
P tem medo de alturas mas não de morrer.
P lutará até ao fim pela sua felicidade e pela felicidade de E.
E P não sou eu. Eu simplesmente contei uma história verídica de P.
Bem, penso que cada um pode tirar as suas conclusões e quando existir mais desenvolvimentos, eu cá os colocarei, assim que P mos conte.
Um bem haja a todos,
Fiquem com uma música de fundo para valer a pena o vosso esforço.
Até logo.
(Disclaimer: Eu nunca fumei ou me embebedei na vida e este texto tem anos mas não sei de quem falo. Se me lembrar de quem falo, escreverei a continuação).
Não sei que significado retirar da chuva, foi numa manhã de chuva que nos conhecemos, mas também foi numa tarde chuvosa que te perdi para sempre. Como se de areia a escapar-me pelos dedos num pôr-do-sol à beira-mar se tratasse. Mas sem a areia e sem a paz e a beleza de um pôr-do-sol numa magnífica praia onde a luz alaranjada do sol ilumina o horizonte deixando tudo mais belo.
Foi naquele final de tarde de muita chuva e trovões que o telemóvel tocou só podiam ser notícias tuas, atendi na esperança de serem boas novas, mas em vez disso apenas se ouviu um lamento e um silêncio horrível que espero nunca mais enfrentar. Inevitavelmente seguiram-se as lágrimas, a profunda tristeza, a vontade de te ter de volta nos meus braços, de ouvir a tua voz uma última vez, o teu lindo sorriso e o teu abraço, poder te dizer o quanto eras importante e quanto te amava. Numa questão de segundos já não estavas cá, só queria te puder dizer uma última vez que sinto imenso a tua falta, que ainda te ligo mesmo sabendo que do outro lado só vou ouvir que o número não está atribuído, que todas as manhãs acordo e olho para o telemóvel na esperança de ter sido só um pesadelo e de ter uma mensagem tua de bom dia. Apenas depois deparo-me com a dura realidade de que não foi um pesadelo e que nada há a fazer, que não há sempre solução para tudo. Lembro-me de ti a toda a hora e penso que não é justo o que te aconteceu, o que nos aconteceu.
Tenho noção que passei a caminhar sem ti mas só te hei-de esquecer algum dia em que já não controle a minha mente.