sábado, 23 de setembro de 2017

Branco Transparente

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Então, ela fugiu...
Deixou-me a contemplar a janela do comboio e o seu exterior.
A ver em toda a linha pessoas e carruagens.
E o relógio a avançar lentamente

Ele pensa no há quanto tempo não escreve no blog.
Ele sabe a resposta.
Não do tempo mas do motivo.
Ele não escreve por se sentir feliz.
Feliz... porque pensa nela.

E enquanto não há decisão, ele está neste limbo.
Feliz mas a baloiçar e uma brisa o pode atirar para o fundo.
Ele sente-se embriagado.
Não de amor? Talvez mais de desejo? Não, algo mais que não sabe descrever.

Desde há muito que não se sente assim.
E em vez de rabiscar estes pensamentos e me entreter.
Dou por mim a suspirar por ela.
Pelo sorriso dela.
Pelo corpo dela.
Pela sua personalidade.

Ele não se sente seguro de si.
E ela escapa-lhe por entre os dedos, no meio de um nevoeiro,  que talvez.seja imaginado por ele.
Ela é tão branca, tão pura.
Ou será do nevoeiro que falo.

Será que estou assim pois gosto do desconforto que a névoa branca me provoca? Do frio fresco que percorre as minhas costas e me verga, deixando-me indefeso perante a insegurança da brisa.
Ele sabe que cairá, mas para que lado?
Para aonde?

O que o aguarda em baixo?
Ele sabe que provavelmente será o que espera e o que lhe acostuma, que lhe habitua, que o encaminha ao lado e dentro dele.
Mas ele quer aproveitar o estado de insegurança e enquanto escorrega da fofura das nuvens, ele sabe que imagina que está enamorado...

Enamorado por essa silhueta branca que se encontra no canto do olhar dele.
Pronto, e assim se criam posts do nada.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Conto de Goblins

(Nota: Música de fundo no fim...)

Como prometido ontem, aqui contarei ao facebook no que estou a pensar:

"Querido Facebook,

Tu és um bocado melga em estar sempre a perguntar às pessoas no que estão a pensar em toda a hora.

Mal entra-se no Facebook e perguntas logo no que penso, onde estou, com quem....
Nunca te pedi para seres minha mãe, namorada, esposa ou amante, portanto não percebo o porquê de quereres desempenhar esse papel.

Não tenho assim uma vida muita interessante.

Posso-te resumi-la em poucas palavras: Amigos, jogar, trabalhar, conduzir, wrestling, trolar e anti-social.

Pronto, eu sei que vais reclamar do facto de amigos não combinar com anti-social. Eu explico: Não estou 100% do tempo com eles e francamente, ninguém consegue estar 100% com a mesma pessoa (aí Deus ou o que tu acreditares que criou o universo) decidiu dar-nos alternativas a comunicação (Jogar, conduzir, música, e até mesmo w/c, sim porque sejamos sinceros: pelo menos uma vez por dia usamos o w/c como refúgio da sociedade, para termo um local para pensar, isto claro, para quem não usa ou não consegue usar a cama para tal).

Mas não é isto que tu me queres ouvir dizer (ou escrever) aqui. Tu gostas de espalhar a palavra de todos, mas eu não te sigo, pois continuo a pensar que és um pouco melga e que me fazes mal e talvez não fosse mal de todo abandonar estes rituais azuis e procurar alternativas....

Mas esses tempos virão. Agora, posso-te contar um conto de fadas....

Era uma vez, num sítio C, ocorreu uma festa e toda a aldeia de pedra estava convidada, sem precisar de dar um tostão, pois lá, a Caça ao Coelho estava legalizada.

Continuando, certa pessoa P, decidiu ir à festa, uma vez que já não ia lá há muitos anos e que não tinha companhia. Então lá o P levou a sua esposa E e foram ver a festa, cheia de comida, música e presentes. Mas claro, P andava sempre desconfiado pois P sabia que nos últimos dias, havia uma bruxa B que andava a espiá-lo mas nem E nem ninguém acreditava nele.

Então durante a festa, ficou tudo escuro e uma a uma todas as pessoas começaram a cair ao chão inanimadas. P agarrou na mão de E e esconderam-se numa diversão tipo catapulta, pois P tinha a sensação que isto era obra de B. Então P virou-se para E e viu-la caída no chão e ao pé dela estava B.

Sem ninguém para o salvar, P teve de escolher entre enfrentar B e sua legião de goblins G ou de accionar o comando da catapulta e arriscar entre a vida ou morte num jogo de alturas. P agarrou no braço de E e accionou o dispositivo, atirando-lhes para bem longe dali mas P não sentiu o braço de E e não a conseguia ver naquela altura, na aquela escuridão e começou a sentir-se cair.

 Saberia que sobrevivência era um hipótese pequena e sem E, ele gostava que essa hipótese fosse zero. Mas quando P acabou por cair no rio R mas sem força para nadar. Viu-se a ir ao fundo do R, sem força para se salvar, deixando-se levar pela corrente.

Acordou, deitado no chão do seu quarto às tantas da manhã, sem ter percebido nada do seu sonho, embora com uma certeza: muitos dos G estão a espiá-lo via estas linhas azuis e mesmo sendo um contra todos, P iria fazer tudo para derrotar B de vez, para poder ser feliz com E. Até esse dia chegar, P vai bloqueando os G quando os descobre para não voltar a ser capturado...

Cnclusões: P tem uma B atrás dele, que usa G para o seguir aqui.
P tem medo de alturas mas não de morrer.
P lutará até ao fim pela sua felicidade e pela felicidade de E.

E P não sou eu. Eu simplesmente contei uma história verídica de P.
Bem, penso que cada um pode tirar as suas conclusões e quando existir mais desenvolvimentos, eu cá os colocarei, assim que P mos conte.
Um bem haja a todos,

Fiquem com uma música de fundo para valer a pena o vosso esforço.
Até logo.


(Disclaimer: Eu nunca fumei ou me embebedei na vida e este texto tem anos mas não sei de quem falo. Se me lembrar de quem falo, escreverei a continuação).

Um novo dia é uma página em branco na sua vida. Escreva apenas o que vale a pena!

Não sei que significado retirar da chuva, foi numa manhã de chuva que nos conhecemos, mas também foi numa tarde chuvosa que te perdi para sempre. Como se de areia a escapar-me pelos dedos num pôr-do-sol à beira-mar se tratasse. Mas sem a areia e sem a paz e a beleza de um pôr-do-sol numa magnífica praia onde a luz alaranjada do sol ilumina o horizonte deixando tudo mais belo. 
Foi naquele final de tarde de muita chuva e trovões que o telemóvel tocou só podiam ser notícias tuas, atendi na esperança de serem boas novas, mas em vez disso apenas se ouviu um lamento e um silêncio horrível que espero nunca mais enfrentar. Inevitavelmente seguiram-se as lágrimas, a profunda tristeza, a vontade de te ter de volta nos meus braços, de ouvir a tua voz uma última vez, o teu lindo sorriso e o teu abraço, poder te dizer o quanto eras importante e quanto te amava. Numa questão de segundos já não estavas cá, só queria te puder dizer uma última vez que sinto imenso a tua falta, que ainda te ligo mesmo sabendo que do outro lado só vou ouvir que o número não está atribuído, que todas as manhãs acordo e olho para o telemóvel na esperança de ter sido só um pesadelo e de ter uma mensagem tua de bom dia. Apenas depois deparo-me com a dura realidade de que não foi um pesadelo e que nada há a fazer, que não há sempre solução para tudo. Lembro-me de ti a toda a hora e penso que não é justo o que te aconteceu, o que nos aconteceu. 
Tenho noção que passei a caminhar sem ti mas só te hei-de esquecer algum dia em que já não controle a minha mente.
MF