quinta-feira, 30 de junho de 2016

Bom Dia


"Um dia pode não ser bom mas há algo de bom em cada dia".

Desconheço a origem desta frase mas ela cai que nem uma luva nas nossas vidas. Por muitos problemas que tenhamos tido no trabalho, em casa, com os amigos e demais, há sempre algo que acontece de bom no dia e que por muitas vezes, é algo tão simples mas forte o suficiente para fazer-nos esquecer todas as dores, tristezas, zangas e problemas e colocarmos um sorriso na cara.

Este vai ser um texto alegre. Um texto que vos fará sorrir e animar-vos, ajudando a viver o dia de hoje e amanhã e depois de amanhã e depois de depois de amanhã ... já entenderam .. viver todos os dias com um sorriso na cara, alegria no coração e pensamento positivo.

Eu próprio admito que sou uma pessoa pessimista e espero sempre o pior. Mas desde que descobri aquela frase numa loja de edredões no metro de Sete Rios (história verídica), tem-me acompanhado e abertos os olhos para um mar de possibilidades e potencialidades, todas a convergirem para a minha felicidade e não só, também ajudando os outros a serem felizes.

Ninguém é feliz sozinho. Podemos sempre nos divertir a ver um filme de comédia e nos rirmos mas concordamos que tem muito mais piada e diversão ver um filme acompanhado do que só. Outro exemplo é o facto de irmos para casa após um longo e cansativo dia de trabalho e nos abordarem na rua para pedirem direcções ou ajuda a carregar malas de viagem por escadas acima ou para comprarem bilhetes de comboio. Ou até mesmo chegar a casa e saber que temos lá alguém nos esperando com um sorriso na cara e os braços bem abertos para nós.

A felicidade, sabem qual é? Uma conhecida minha dizia que a felicidade era ver o teu sorriso. E eu concordo. Não é o facto de estarmos em casa a fazer o que mais gostamos. Também o é mas a maior felicidade é saber que basta ajudarmos alguém que o sorriso dessa pessoa trará calor ao nosso coração e nos sentiremos bem connosco mesmos e nos deixamos contagiar com a nossa generosa acção e boa disposição.

O trabalho pode correr mal. O dia pode correr mal. E podemos nem sempre sermos prestáveis aos outros. Mas sabemos que somos amados por alguém que se esforça para colocar um sorriso na cara, todos os dias, seja esse alguém familiar, namorado(a) ou amigo(a).

E ao fim ao cabo, não é isso que é a felicidade? O amor os outros nos colocar um sorriso e vice-versa. É quase como um super poder e felizmente, todos o temos. Basta sorrir e provocaremos algo de bom no dia do outro.

Sorriam e sejam felizes.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Tesouro Escondido


Escrevo isto agora. Escrevo em papel. Escrevo algo novo aqui no blogue quando na realidade, já estava escrito e descrito na minha cabeça há mais tempo, precisamente há algumas noites atrás. O relógio devia marcar 1h30m e tinha acabado de chegar a casa. Cansado, estafado, deixei-me cair na cama e sem muita cerimónia adormeci. Mas ainda tive forças para esboçar um sorriso enquanto me deixava embalar pelos suaves lençóis e pelo conforto do colchão.

Chegara tarde a casa, num dia de trabalho e mal mantinha os olhos abertos. Foram horas e horas a trabalhar e outras tantas a fazer tempo enquanto não chegava a hora certa. A hora certa de percorrer uma aventura. Era noite e estava vento, bastante até, o que me dificultava ouvir qualquer som emitido pelos fones que tentavam passar música para me acompanhar naquela cruzada.

Cheguei atrasado. Não dei com o local à primeira. Tinham-me perdido mas mantinha o sorriso e a esperança de não falhar o objectivo. Acabei por encontrar o local certo, o "X" que estava no mapa que traçara de memória. E sem mais guia nenhum, aventurei-me por lugares desconhecidos até chegar ao meu destino.

Entrei e tudo ficou escuro. Não via muito nem estavam almas vivas perto de mim. Apenas algumas estátuas que iam emitindo sons e música. Desconhecia a letra mas deixei-me levar pelo som que me atravessava o corpo. E embalado fui quando o pano se levantou e te revelou.

Ali soube, nesse mesmo momento, que tinha encontrado o tesouro que por tanto procurava. Separados e afastados por tantos montes e vales ao longo daquela noite mas ali estavas tão perto. Estavas concentrada, inspirada, feliz. E eu quis deixar-me contagiar. Quis quebrar aquela barreira de vidro transparente e aproximar-me com cuidado para não te assustar e afastar.

Mas não era possível, não tive tempo. O pano caiu rapidamente, voltando-te a esconder e proteger de piratas como eu. Talvez fosse melhor assim, um tesouro bonito que devia ser cuidado mas livre. Livre de pertencer apenas a si mesmo e brilhar.

Mas tu atravessaste a cortina e me viste. E vieste. Vieste na minha direcção. Por uns momentos, fiquei petrificado. Não sabia o que ia dizer. Não sabia o que ia fazer. Mas tu vinhas determinada e com um sorriso no rosto, iluminado pelos holofotes do espaço, face à ausência da Lua.

Falaste e tudo o resto fez silêncio. Pelo menos deixei de ouvir o resto. Só te conseguia ouvir a ti. Só te queria ouvir a ti. Os segundos transformaram-se em minutos e o tempo estava parado mas passava sem notarmos. Tinhas de ir, tal como na peça. E eu tinha de ir, tal como estava escrito.

Despedimo-nos com com dois beijinhos mas ainda regressaste para um abraço. Senti o teu calor e o teu carinho e apertei os meus braços à tua volta. Senti-me protector e protegido em simultâneo. Senti-me observado mas não queria saber de mais ninguém. Apenas quis que aquele momento durasse eternamente, enquanto o vento insistia que nos mexêssemos e dançássemos, sob o olhar vigilante da Lua falsa que brilhava acima de nós.

Despedimo-nos e regressei ao ponto de partida, tal e qual um cavaleiro que regressava da sua viagem. Mas regressei mais leve de preocupações e materiais. Regressei com aquilo que até hoje me faz sorrir de forma tão brilhante quanto o teu sorriso. Regressei com o teu amor. E regressei com a esperança de um dia voltarmos a estar juntos e acabarmos aquela dança que ficou por começar.

Até a uma nova aventura, tesouro transmontano.

sábado, 25 de junho de 2016

Acordar em Desacordo



Perante este período ausente escolar, os dias tornam-se cada vez mais escuros e apertados, sem saber muito bem o que existe ao virar da esquina (não estou a falar de prostitutas ou algo assim). Acorda-se sem muita vontade de acordar mas com receio do que uma coma poderia fazer, fica-se por aquela fracção de segundo entre o dormir e o acordar, aquela fracção que por vezes coincide com os primeiros raios de sol a furarem pelos estores de uma persiana mal fechada e assim substituírem o despertador, que por estes tempos não encontra sentido de existência, reflectindo um pouco a inércia e a apatia que se verifica dentro destas quatro paredes que apesar de brancas, continuam a deixar-se envolver pelas sombras da noite ou até mesmo da depressão diária (ou aborrecimento sistemático) a que se é sujeito, contando as horas para quando se vai dormir, mesmo por vezes tendo acabado de sair da cama . . .
Sob um breve duche frio para acordar, refrescar mas mais importante para ligar o cérebro, tentam-se fazer planos para hoje, para o amanhã, para a vida, sabendo que a maioria deles esquecerei nas 1ªs horas e os restantes dificilmente correrão como esperamos. Mas insisto, pois dá-me alento e uma razão para sair da cama e poder enfrentar o dia, apesar de confundir-se as ruas por um deserto . . . .
E assim mantenho-me em casa, rodeado do silêncio e aconchegado num canto reconfortante da minha alma, em espera de uma luz, de um motivo para vestir calças para sair de casa e enfrentar o mundo ou apenas de uma mensagem dela para ter o dia ganho. Acho que é apenas isso que procuro: não uma vida de emoções, não uma vida social, não um futuro profissional, apenas preciso de companhia.
Durante anos vivi aventuras, tive os meus momentos, até ajudei todos em tudo o que me pediram (e continuarei a fazê-lo) mas sinto-me um pouco cansado e nestes dias de ausência de obrigações, sinto no meu coração e na minha cabeça, uma ausência de motivo para sair da cama durante o dia, a não ser para estar com quem de mim precisa.
Mas se ninguém necessita, sabem por onde me encontrar.
Até lá, irei despir-me de tudo o que eu sou e ficar aqui nu, à frente destas paredes, onde outrora eram preenchidas por um espelho, olhando para a parede e não me vendo, não me reconhecendo....
Anos passaram, sinto-me velho e ter um irmão novo a envelhecer depressa não ajuda, mas isto também não tem a ver com o post. Aliás, nem eu bem sei o que quero com isto tudo, apenas senti....saudades....de voltar a escrever. Sei que muitos não irão perder o tempo a ler, ou até evitarão cá vir ou até sairão a meio mas não me afectará.
Afinal sempre fui um lobo solitário, que não procura os holofotes da fama ou o microfone e o palco para falar para o público. Apenas procuro o meu cantinho fresquinho e claro o suficiente para ver o quê e quem merece que eu veja e que mostre atenção ou até mesmo indique sinais de vida . .. .
Até outro post mais tarde,
Agora com vossa licença, vou-me refugiar na madeira rectangular com o seu apoio de algodão e talvez fazer aquilo que há muito não faço: sonhar . .. .
Beijos e Abraços,

(Original meu datado a 25 de Junho de 2013)

2800


Olá mais uma vez.
Hello one more time.

Espero que esteja tudo bem convosco.
Hope it is all well woth you all.

E aqui junto celebramos a marca das duas mil e oitocentas visitas a este blog.
And here we celebrate the cornerstone of the visit number two thousand and eight-hundred.

Obrigado pelo vosso incrível apoio, vocês são os maiores.
Thanks for all off your support, you guys are the best.

Esperamos poder-vos continuar a dar alegrias por aqui.
Hope we can bring smiles to you all, here, with our texts.

Esperamos continuar a contar com o vosso apoio.
Hope we can all count with your support.

Abraços e beijos, das vossas sombras preferidas.
Hugs and kisses, from all off your favourite shadows.

samanta. medytacja druga


zamieszkała w lesie by zrozumieć prawa naturyoraz by dowieść czy lasy kiedyś umrą.
w powietrzu unosił sięaromat jagodowo-sosnowej wilgoci. usiadła
na jakimś omszałym głazie . zamknęła oczy, z jednej strony ptasia audycja mąciła
jej spokój, z drugiej zaś strony nieprzeszkadzający nikomu wiatr muskał
liście drzew nadając im jakiś rytm. korelacja mieszkańców lasu z wiatrem utworzyła
walc. z zamkniętymi oczami, wstała powoli, by nie zakłócić
leśnej harmonii. raz dwa trzy, raz dwa trzy;
poddała się muzyce. wiatr smagał jej długie
kruczoczarne włosy: " jestem najszczęśliwszą osobą, która wdała się w romans z wiatrem.
lasu i jej mieszkańców nigdy mi nie zabraknie
a ja nie jestem już SAMA" .

Canela Polaca (2013)





quinta-feira, 23 de junho de 2016

Desencontro


Ruas vazias. Portas fechadas. Janelas trancadas. Porquê que me encontro aqui? Dei o meu coração e não sei onde ele está. Procuro-o, mas sem sucesso. Não questiono o desejo de encontrar. Não pergunto o que suspirou nem o que ficou por dizer. Não afirmo que estou numa rua sem sentido. Não estou perdido. Não me sinto perdido, nem sou sem-abrigo.

Sinto-me bem para dizer a verdade. Sinto-me feliz. Sei que muito está por fazer, mas muito, também já foi feito e não posso mudá-lo. Fica escrito e não pode ser apagado. Percorro este caminho sem virar para trás. Amanhã é um novo dia e quero ser capaz. Por tanta coisa que sei, tanta coisa que errei, sei que voltarei a errar. Errarei, cairei e voltarei a levantar.

Vezes e vezes sem conta, simplesmente, porque o mundo gira, roda e não para. É assim a vida. Faz, cria, aprende e torna a fazer e tornar a criar e torna a aprender e volta a fazer. Vezes e vezes sem conta, porque se não fores tu, se não for eu, ninguém vai errar e ninguém vai aprender. Sem aprendizagem, não há compreensão. Sem compreensão não há amor, nem paixão.

Ruas cheias. Portas abertas. Janelas destapadas. Porquê que me encontro aqui?...

quarta-feira, 22 de junho de 2016

2700


Boas pessoal.
Não sei quando aconteceu mas ainda bem que aconteceu.
Chegámos às duas mil e setecentas visualizações (2.700).
Em nome de todos, obrigado pelo vossos apoio e esperamos continuar a dar-vos o que vocês procuram: poesia, textos, escrita, emoção, razão e sentimento.
Mais uma vez obrigado, e continuem por aqui.
Abraços e beijinhos, das vossas sombras preferidas.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Finalmente...

Boas pessoal, tudo bem convosco?

Peço desculpa pela demora e pelos poucos textos que tenho colocado aqui mas foi por uma boa causa.

Andei ocupado com . . . a saída e comercialização do meu livro: "Guia para Azarados".

É um livro que junta histórias da minha infância e dos meus amigos também, reais e fantasiadas e assumidas todas na primeira pessoa, para criar a pessoa com quem podem comparar e dizer que sempre foram mais bem-sucedidas amorosamente que ela.
Como eu gosto de dizer, para mim este livro é uma autobiografia de um falhado emocional. Assumo grande parte dos textos e histórias mas nem tudo o que parece mau é e nem tudo o que é bom traz felicidade e com o livro, quero mostrar que apesar de todo o mal que existe em relacionamentos, é possível no final haver uma luz de esperança no final do túnel.

E para vos deixar feliz, deixo aqui as formas de como adquirir o livro.
Neste momento, só existe uma:
Enviem um mail para: filipe.ms.gomes@hotmail.com para encomendar o livro e se quiserem, posso escrever uma dedicatória. Vai autografado e enviado com muito amor e carinho.
O preço fica a 13 euros, sendo os portes de envio suportados pelo cliente.

Para mais informações, contactem-me pelo mesmo e-mail, por favor.

Beijinhos e abraços,
Filipe Gomes.


sábado, 18 de junho de 2016

Capacete sem Luvas - Quem era ele? (Parte I)

Ele prossegue a sua viagem de asas abertas por esse universo. Entre estrelas a brilhar ele quer planetas por descobrir. Quem será ele? Nunca tirou o capacete correndo o risco de ser conhecido por um alienígena e não usa luvas porque diz que assim sente o céu que toca e o ar que respira. Botas azuis, fato vermelho, a farda de sempre rumo ao horizonte. Percorrer aquelas estradas sem alcatrão, nem sinais de perigo que nos digam...CUIDADO! CUIDADO! “Fodasse! A nave foi dada como destruída”. Foi um acidente questionável, contudo uma pergunta fica – Quem era ele?

Relatos dizem que foi um ser bravo, bastante até para ser confundível com um lunático. Por falar em lunático, lembrei-me da lua. Gostaram deste trocadilho? Ainda bem. Sim ele já esteve por lá. Pela lua. Fez um mapa quando era pequeno, recordo-me. “Urso Pular – Um caminho, uma direção e um desvio pela lua cheia”.

Tinha uma mente de sonhos. Alguns malucos, uns intocáveis e outros sinceros. Não era nenhum caçador de sonhos nem por aí além, talvez só tenha matado um ou dois na algazarra da sua juventude. Havia muitos que diziam que ele tinha um talento nato para o problema, mas poucos afirmavam que ele tinha a chave da solução. Na verdade? Nunca teve. Para ser sincero, ele era frontal em fugas e verdadeiro na corrida. Ninguém o apanhava, mas agora é passado. O presente apanhou-o.

Notícias por toda a parte, nem ver. Nem capas, nem revistas, nem entrevistas pós-morte. Nada. Família pouco resta, talvez uma tia-avó, pais, irmãos e um cão. Acho. Não sei. Continuando, nada a não ser vocês, mas quem era ele? Poucos sabiam responder a essa questão, talvez um marciano e dois pandas. De aspeto físico caracterizava-se por ter muito cabelo e barba, exceto quando cortava, aí tinha pouco. A cor de pele dele era Preto-Cobre Metalizado, mas lá está, só lhe vi as mãos. Isto sou eu a me fantasiar.

"Um copo daquele Whisky meio esquisito que dá tanta ajuda à carteira, sem gelo por favor”. Ora bem nem sei porque vos chamei. Maldita imprensa. Reza a lenda que chateio muita gente quando estou bêbado. Infelizmente estou sempre bêbado. Voltando ao assunto ou como gosto de dizer, encarnando um qualquer gestor de sucesso de Wall Street, “Back to Business”.

Ele era um sonho perdido num oceano sem água. Por outras palavras um desafortunado. Não era um coitado, era burro simplesmente. Ainda antes de ontem tinha acertado com a cura do cancro, palavras dele - “Consigo fazer com que as pessoas consigam viver mais tempo, basta que deixem de beber água. Toda a gente que bebe água, um dia acaba por morrer”. Se isto não é burrice, não sei o que é.

“Passatempos?” Jogar talvez, apesar de ser em pouca quantidade. Não tinha paciência. Ninguém gostava muito dele para jogar, mas verdade seja dita, o jogo era uma merda. “Temática Pistolas” Queriam o quê? Que toda a gente estivesse bem no final? Óbvio que não, chegava a casa sempre sujo e sim, era sempre de sangue. Segundo afirmam, foi derivado disso que perdeu uma orelha, disparou contra si próprio. Era um jogador pouco dado a conversas e com isso, bem e com isso, também não ficava gente no final para falar. Acho que foi por isso que ninguém gostava muito dele para jogar. “Ora bem está a ficar uma hora acertada para voltar a casa. Foi um prazer. Se amanhã quiserem apareçam.”

sábado, 11 de junho de 2016

Abraço de Despedida


Estou a precisar. Sei que é cedo ou que para ti já é tarde, mas naquela período entre a Lua e o Sol, onde ainda é noite mas já se vê o dia prestes a nascer, preciso de estar contigo. Necessito que estejas comigo e me dês aquilo que sabes melhor me dar para me acalmar e reconfortar, sabendo que tudo irá correr bem.

Preciso do teu abraço. Sinto falta do teu abraço. Sinto a tua falta. Preciso de ti. Mas tens andado distante, sem te presenciares no horizonte e me deixando inseguro, abandonado, sozinho e um pouco magoado. Sinto-me egoísta por te querer sempre comigo, por não te querer ver abraçada a outra pessoa.

Ciúmes? Um pouco talvez, mas não considero ciúmes mas mais saudade. Saudade da nossa amizade, das nossas conversas, das nossas brincadeiras, saudades tuas. Tuas e do teu abraço. O tempo passa e o teu abraço é como álcool para mim: liberta-me de qualquer inibição que tenha e permite-me divertir sem ter receio dos juízos dos outros.

Mas no dia seguinte, acordo de ressaca. Ressacado e necessitado do teu abraço, na minha cama ao acordarmos e ver-te lá deitada, aninhada a mim, envoltos nos braços um do outro. Sinto a tua falta como um bebé sente a falta da sua chupeta, do seu brinquedo favorito, do colo, da sua manta preferida. Sinto-me só sem ti.

Sinto-me uma pequena sombra no escuro da noite sem a tua luz para me iluminar o caminho. O caminho de regresso a ti, ao caminho da felicidade. Sinto-me um parvo por querer algo que devia ser natural ter. Mas um abraço para mim não é um olá nem um "não chora" mas sim talvez a melhor coisa do mundo que se pode ter de um(a) amigo(a) (Sim, fora o beijo e algo mais, eu sei mas isso pertence aos namorados e os abraços aos amigos). 

E sinto que tens evitado. Evitado o abraço. Pois lá no fundo, não queres ficar dependente dos meus abraços. Não te queres voltar a sentir carente e dependente de um abraço meu, de sentir-te segura, protegida, amada e calma, como se nada mais importasse fora do elo que criámos com o nosso abraço. 

E tu fazes um bom trabalho perante isso, ao evitares o contacto e proximidade. Mas eu já estou enfeitiçado e condenado a ficar dependente do teu abraço que me devolve o sorriso à cara, a calma na alma  e o amor no coração. Sinto a tua falta. Já to disse hoje. Já to disse ontem. E lá no fundo, sentes isso. Sabes disso. E sabes que sentes a minha falta e do meu abraço e das nossas conversas, brincadeiras e afectos.

Não vou voltar a escrever sobre ti. Será o meu último texto sobre ti. Apenas sabes que sinto a tua falta mas vou desamarrar as cordas que me prendem ao chão e deixar-me levar pela leve brisa que me empurra pelo ar e talvez, com um pouco de destino, volte a parar aos teus (a)braços.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

2600


Bem, aqui estou eu mais uma vez para agradecer por mais um marco.
Neste caso, o marco das duas mil e seiscentas visualizações ou visitantes que aqui este nosso pequeno blog contabiliza.

Obrigado por continuarem por aí, a apoiarem-nos diariamente com as vossas visitas, sugestões, críticas e palavras que nos dirigem e mais uma vez, apenas o fazemos como passatempo mas cada vez mais o fazemos por vós, para vos deixar-vos com um sorriso na cara e ter uma disposição totalmente diferente ao enfrentarem o dia.

Obrigado por este pequeno momento de que dispõem do vosso dia para nos visitarem e continuem connosco.
Cumprimentos das vossas sombras preferidas.

domingo, 5 de junho de 2016

Uma frustração domingueira


Este weekend é um dos piores neste ano.
Saudades tuas recheiam a minha frustração, tristeza e o meu estado ...
e o facto de eu estar sozinho, os amigos namoram e eu já NÃO.

Para ir-me mais abaixo, decidi pôr a tua argola,
a jóia que me deste 7 dias... 7 meses... 7 anos atrás.
Quando me deixaste quis metê-la na ribanceira de Mondego.

7...tanto tempo ...
diziam-se que depois desse periódo vou-te esquecer,
mas não ... não me saes da cabeça.

Cada dia desperto-me,
dou uma olhada à foto tua
e choramingo sussurrando para voltares a estar comigo .

Após a nosso fogo na relação ter apagado
 tinha várias oportunidades para desabafar
para me sentir amado nos braços de outra- mas não quis.

Embora antes de o nosso fogo ter iniciado,
tinha andado com uma outra e tu não o sabias, mas ao mesmo tempo
gostava muito de ti muito, pois deixei-na e arrisquei contigo minha garota.

Contigo todo foi a minha primeira vez:
a minha primeira conquista, o meu primeiro beijo,
as primeiras carícias e não só...

Tenho tantas saudades tuas amor,
quero puxar-te em mim, abraçar-te beijar-te
voltar a estar no auge da excitação.

Tu já tens outro(s)- eu ninguem
será que devo ir desabafar com uma fulana,
mas ambos sabemos que o contigo nunca vais ser possível.

sábado, 4 de junho de 2016

Tinta Hipócrita


Se há algo que me tenta, que me provoca, que me seduz mas que lá no fundo me questiona se sim ou não é ter de ouvir uma vozinha pequena, bem pequena, que lá no fundo da minha subconsciência me diz que devo arranjar uma tatuagem. Fui educado a manter o meu corpo afastado de tatuagens e piercings e outras coisas desse género, pois era um desperdício de dinheiro e só danificava o corpo.

Mas há bem pouco tempo, comecei a me aperceber que no meu grupo de amigos, sou um dos últimos resistentes a não ter tatuagem. Sempre me rodeei de gente que amava tatuagens ou que já tinha algumas mas eu recusava assistir a uma sessão dessas ou até mesmo fazer uma minha, pois não queria falhar em termos de educação em casa, pois fora educado a nunca fazer uma.

Mas cada vez mais esta pequena voz se vai fazendo ouvir e a tentação vai aumentando. Eventualmente talvez terei uma tatuagem mas a que custo? Sacrificaria a relação que tenho com os meus pais e faria esta afronta aos valores conservadores deles ou continuarei a resistir à tentação de injectar tinta permanente no corpo?

Não existe momento certo para tomar uma decisão destas. Apenas é preciso arranjar o local certo no corpo e o desenho intemporal. Porquê intemporal? Porque não quero fazer uma coisa destas e daqui a vinte anos olhar-me ao espelho e arrepender-me e querer apagá-la. Se fizer algo, é para ser eterno e com significado. Mas antes de escolher a imagem, quero perder peso para ter a pele lisa e ser mais fácil de tatuar (e talvez menos doloroso). 

Não é fazer a tatuagem agora e depois emagrecer e com isso, encolher a imagem feita. E antes mesmo disso, é tomar a decisão definitiva e irreversível de a fazer e de enfrentar todos os valores conservadores familiares, pois mais cedo ou mais tarde, irei ser julgado por tal. Mas terei que admitir que se algum o dia a fizer, estarei a ser, no mínimo, um hipócrita.

Quando namorei há uns anos atrás, a minha namorada da altura fez uma tatuagem e eu não tinha opinião na matéria. Apenas gostava de ver tatuagens mas não queria fazer nenhuma nem assistir ao processo nem nada. E aos dias de hoje, ela nunca me perdoou eu não ter assistido ao nascimento da sua tatuagem. Era e continuará a ser uma tatuagem muito bonita mas não me queria deixar tentar fazer uma e francamente, eu estava chateado com ela na altura mas não é essa a questão.

A questão era ela querer mudar-me e transformar-me num aventureiro, que viajaria em todas as estações do ano, que fizesse tatuagens, andasse de mota e andasse em montanhas-russas. E eu recusei-me a mudar por ela. E amava-la. Durante mais de três anos amei-la como nunca tinha amado alguém e todo o meu tempo livro era dedicado a ela.

Mas não conseguia dizer não aos meus amigos sem provocar uma discussão com ela, nem era capaz de andar de moto (Ela tinha uma moto mas acabou por a vender por mal andar nela e em parte, sinto que a culpa foi minha. No entanto, ela já tinha a moto e já andava nela há bastantes anos antes de me conhecer, portanto aqui não aceito culpas), devido a um trauma de infância.

Até hoje, não sou capaz de tirar os pés do chão sem ter ataques de medo, pânico e gritar como uma adolescente histérica em ovulação num concerto do Justin Bieber ou dos One Direction, enquanto canta(m) e me olha(m) fixamente nos olhos e pisca(m)-me o(s) olhos(s). 

As pessoas não mudam, adaptam-se. E peço desculpa a ela por não ter assistido à tatuagem dela e peço desculpa por aqui, sabendo que nunca irás saber mas desculpa ser um hipócrita e em breve, talvez realize uma tatuagem e te faça odiar-me ainda mais. Chamei-te hipócrita e mimada (e mantenho esses defeitos em ti) mas não seria um homem se não admitisse que também sou hipócrita.

E isso sim: admito que sou. Hipócrita por não ter visto a tua tatuagem e do facto de eu ir fazer uma e de ser egoísta por nunca te deixar ver a minha ser feita nem já feita, num dia futuro. Portanto, talvez em breve, serei injectado com tinta. E cada vez que olhar para o desenho, me lembrarei do hipócrita que fui, que sou e de que sempre serei.

Mas também me dará forças para acreditar que tomei todas as decisões certas e que tenho todo o direito em fazer uma tatuagem, mesmo que vá contra os meus pais ou mesmo contra ti.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Mundo Encantado




Nunca. Nunca é fácil. Nunca é fácil descobrir qual o caminho certo, quais as palavras certas, qual o gesto certo. O que é o certo? Qual é a fórmula para que tudo resulte? Para que a chama se acenda e nunca se apague?

Tudo tão simples, sem expectativas, se tornou em algo grande e sincero. Duas crianças em mar alto, perdidos sem rumo, mas unidos na solução - encontrar o mundo encantado. Todavia, o mundo encantado estava distante...

Tão iguais entre si. Na maneira de pensar. Na maneira de estar. Lutaram. Contra correntes e tempestades, por largos momentos, se encontraram e testemunharam um sentimento único. Uma força única. Deram as mãos e foram em frente...

Viveram grandes vitórias, deram altas gargalhadas e, pelo meio, deram altos abraços e beijos verdadeiros. Contudo algo tão perfeito como eles pensavam, na realidade não era tanto assim e o mundo para qual seguiram, não era o encantado que esperavam...

Deram-se por si numa bolha fechada, sem saber, e a lutar naquilo que pensavam ser o mesmo caminho. A mesma direcção. Infelizmente, a luta foi inglória e o sentimento que tinham conseguido alcançar, tornava-se fraco...

Podem ter pedido um bocadinho deles naquele mundo, mas ganharam tanto durante aquela viagem. No final o que fica são as coisas boas.

Obrigado :)