terça-feira, 26 de abril de 2016

SURPRESA

Se o blog chegar às 2.500 visualizações, revelo mais informações sobre o livro e não só. Respondo a qualquer pergunta vossa também em video.

domingo, 24 de abril de 2016

Paragem Intemporal


Saudades...
Palavra tão pequena mas que transborda de sentimentos...
De força, de esperança, de inocência e de tristeza.

O tempo passa.
Mesmo que não o controlemos.
Ele lá passa por nós.

Não o vemos passar.
Mas o sentimos passar.
E pesa-me,

Pesa-me na consciência ter visto chegar e sair.
Teres-me marcado a minha vida.
E ido embora, sem eu ter cumprido horários.

Não soube cumprir as regras.
E falhei o transporte contigo.
Ficando pela paragem.

Aguardo o teu regresso.
Todas as semanas ali te espero.
No nosso local habitual.

Para tantos, mais um local de passagem.
Para nós, um local de paragem.
Para mim, um local de segurança.

Um local onde o tempo não me tem controlado.
Um local onde todas as memórias se mantém intactas.
Até tu regressares, até eu te esperar.

Os dias vão passando.
A saudade aumenta.
Mas o teu sorriso se mantém preso.

Preso na parte de trás da minha mente.
Onde guardo todos os nossos momentos.
E pensando se não devia estar preocupado em comprar bilhete.

Devo esperar? Devo apanhar o próximo transporte?
Será que não nos cruzaremos mais?
Ou terei mais uma oportunidade?

Oportunidade de te segurar a mão.
De ouvir-te cantar e encantar.
Enquanto o tempo pára para nos ver amar.

Mas tu partiste e deixaste saudade.
Saudade de te voltar a abraçar.
Não sei se devo sair da paragem.

Arriscar te procurar noutras aragens.
Ou apenas libertar-me do tempo.
E deixar-te ir, desistindo das nossas memórias.

Não sei o que fazer.
Mas sei o que te dizer:
Tenho saudades tuas...

quarta-feira, 20 de abril de 2016

2400


Pessoal, pedimos desculpa de ultimamente não termos vindo aqui.
É falha nossa e vamos tentar não falhar nisso.

Da minha parte, o motivo é um conjunto deles:
_ Reports aos chefes de Espanha que andaram por cá a supervisionar;
_ Preparação do Livro;
_ Problemas mais pessoais familiares (entre falecimentos e não só).

Mas agora, espero ter um pouco mais de tempo para ir escrevendo e talvez vou mudar um pouco as regras.
Talvez faça mais um género de diário os próximos posts. Não será diário mas provavelmente será semanal ou quinzenal. Mas vou-me esforçar.

Mais uma vez, peço desculpa.


Bem, voltando ao objectivo do post....
Desta vez demorou mas finalmente chegámos às vinte e quatro centenas de visitas.
Duas mil e quatrocentas visualizações.
Obrigado pessoal e agradecemos nestes tempos mais conturbados e silenciosos que vos demos mas vocês mantiveram-se fiéis e espero que vos possamos dar alegrias que tanto merecem.

Obrigado e continuem por aqui.
Beijos e abraços, das vossas sombras preferidas.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Curtain Call


It has been awhile since I last wrote something in English.
But since there's more and more English speakers reading the blog, it makes perfect sense to write sometimes in English.
I will always write in Portuguese beacuse it's my native language, but maybe sometimes I will make the effort to surprise you all.
For the other times, there's always Google Translator....
Now, off to the "real" post:

It has passed what? Nine, ten, eleven years? I couldn't keep couting when we drifted so abruptly, so far away. We still see each other but only by distance.
We made the easiest choice and don't acknowledge the existence off eachother.

We're still neighbours but on our minds, we are somehow thousands and thousands of miles away from eachother. And the funny part is that we didn't have anything between us. We were always friends and although I felt in love for you when we were just children, playing hide and seek and catch, I never got the chance to turn our friendship to something more.

I still remember when you first moved to our neighbourhood: we were probably seven or eight at the time and you moved to the apartment across mine. We saw eachother on that first day and although you'd appeared shy, you sae me peaking from my window, and you just smiled and waved.

We start playing together after classes and speak from window to window (in that time, we didn't had phones or computers). We were just simple innocent children playing together. And to this day, you'll always be my first crush and the only one I regret never had tried (harder) to be with you.

I felt in love with you and has the time passed and although some of our friends liked and wanted to break our bond, you still spoke to me and I couldn't resist anymore to you. I told you about my feelings but you didn't want anything besides friendship.

But we were still friends and I kept hope froam an opportunity in a near future. Years passed and we both hit puberty and starting to feel changes in our bodies and mind. And suddendly, you were looking and feeling different towards me. I knwe it. I knew that it was my chance of being happy with you and to fell even in more in love with you.

We started hanging out more and more at school and went back home lone, each day closer and closer to eachother... Until one day... One day, destiny stroke and we broke that bond forever. I was taking out the trash and your bedroom window was open. Naturally I looked up to it and saw you, wrapped in a bathing towel.

You saw ne and in a shock, your towl dropped. I beg for forgiveness but you shut that window and never spoke to me. And I was a little boy and that was painfull for me. My first love taken away by a mistake that I didn't committed (at least voluntary).

Next time we spoke, you were already taken and happy, very happy. I felt happiness for you and although I was a little sad, I knew that it was the end. It was the closure for a very long chapter of my life.

Someday maybe I'll start talking to you again but probably not. You're happy and I...
Well, years passed, too many of them passed and we're going probably our seperate ways, to find and have hapiness.

But I will always remember you with love and friendship that we had for eachother.
Thanks for appeared in my life and make it better, to help me become the man I am today and for turning my childhood awesome.

If I could do it all again, I would do it all the same way in a heatbeat. What we had was fantastic and now...it's time to move on.
Thanks for the memories and for turning my life better.
Thanks for everything, good old friend.
Be happy and you may not know but you can always count on me.

domingo, 10 de abril de 2016

dobra Ciocia ( dobra tia)

Magnus Zarski

i Hola desde más allá a todos Ustedes!

Desculpa por não escrever, mas tinha vários problemas familiares (tb briguei com a minha melhor amiga e desde o sábado passádo tivemos `dias em silêncio, mas não é isso o que vos queria dizer

 SOU TIA !!! Dobra tia ( btw. se serei `dobra`vamos revelar porque dobra em polaco significa boa)
na semana passada no dia 29 de Março o meu irmão ficou pai do Aleksander Jakub (Alexandro Diogo)
e no dia 8 de Abril outro irmão ficou pai- Magnus vai ter mãe islandesa e pai polaco ( o Gregory não nasceu na Polónia; os pais dele são polacos mas emigraram antes do golpe de estado polaco em 1981).

Acerca de ser tia- estou muito contente mas quem de nós não pensa sobre ter filhos, sente-se a pressão de outrém quer no circo dos pais, tios, avós.
Já neste momento poderia ser a esposa, uma verdadeira mulher depois do matrimónio planejado por nós para o dia 14 de Março 2016. Vocês perguntariam com certeza por quê não estou com ele, por que já sabia a data do meu casamento ?
o meu ex tem cabeça para as ciências. Planejou o dia do número  π 

  1. Definição  O π (pi) é a razão entre o comprimento de uma circunferência e seu diâmetro, na Geometria euclidiana. É um número irracional e é uma das constantes matemáticas mais importante. É empregado frequentemente na matemática, física e engenharia. O valor numérico de π, truncado em suas primeiras cifras, é o seguinte: π ≈ 3,14159265358979323846....

    agora vocês compreendem ?
    o 3º mes
    o dia 14

    mas aconteceu o que aconteceu e não estamos juntos. Durante o meu luto tive várias aventuras onde eu feri e foi ferida. Quero parar essa `má passa` e ser namorada, noiva, amante, amiga, alma gêmea, mulher, mãe...
    Neste momento após ter sabido o facto de ser tia, voltou a se despertar a vontade de  ser mãe.

Desfazer-me De Ti

Cheguei a casa e continua vazia.
Uma casa escura onde antes havia luz de alegria.
O pó não limpo mostra espaços onde tinha os teus retratos.
Agora apenas espaços vazios, tal como o que deixaste em mim.

Continuo acorrentado a uma dor.
Não consigo me livrar de ti em casa.
Mas não consigo voltar a relembrar-me de ti.
E continua a ser tortura, uma tortura quase rotineira.

Custa-me mais os dias inteiros que estou só em casa.
Quando antes eram preenchidos com os teus (sor)risos.
Ou mesmo quando decidíamos ir passear.
Agora, apenas o escuro me preenche esse sentimento de completo.

Não serve, não chega, não devia o ter.
Mas é o que me deixaste.
Levaste o meu sorriso e alegria.
Deixaste-me entregue à minha tristeza e monotonia.

Fizeste o melhor para ti, eu percebo.
Mas dói na mesma. Dói teres-me rasgado essa alegria.
Alegria que já era parte do meu ser.
E tu decidiste arrancá-la e levá-la contigo, deixando-me adoecer.

Continuo a fazer a minha vida.
Mas por vezes a minha mente se refugia nas (nossas) memórias.
E eu sinto-me fraco demais para resistir.
Para sair de um pensamento, um mundo, onde eu fora feliz.

Mas a minha mente leva a melhor no fim.
E eu sofro um choque de realidade.
A realidade de que nunca mais irás por aquela porta entrar.
E eu mantenho-me na cama, no escuro, no sossego, respirando...

Sei que te esqueci, que nunca mais te irei amar.
Mas não te consigo apagar totalmente de mim.
Posso-me lavar vezes e vezes sem conta.
Que o teu cheiro na minha roupa e em mim irá sempre permanecer.

Desfiz-me de tudo o que tínhamos.
Mas sem coragem para os destruir.
Talvez por ter sido feliz contigo.
Ou por ser demasiado fraco para tal.

Então deixo tudo como está.
Assim como me mantenho assim.
Com certeza de que um dia irei voltar a amar.
Mas ambos sabemos que de ti, nunca irei deixar de gostar.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Ilusões Aquáticas


Não o consigo controlar.
Eu estou normal no meu canto.
Mas sinto-me triste, lá longe de mim.
E começo a chorar.

Mas choro involuntariamente.
Gotas que não consigo reter.
Porque sinto que estás a chorar.
Ou pelo menos, sentes essa vontade.

Sei que não é normal eu chorar do nada.
De pensamento vazio e nenhuma dor latente.
Mas sinto que o meu coração sente uma dor externa.
E penso se não será a tua dor.

Então eu te procuro quando as gotas caem.
Eu te tento sentir perto de mim.
Mas não sei os teus contornos.
(Des)Conheço a tua pessoa.

E palpita-me que também vertes águas oculares.
Sem mesmo querer mas quando eu o sinto.
E sinto que tu também já pensaste em mim.
Mas não sei se me já procuraste.

E ambos vamos sentindo a dor um do outro.
Mas sem nunca sentir o outro.
Sentimos a dor que nos martela a alma.
Mas não nos vemos ou ouvimos.

Talvez um dia limpemos as lágrimas que partilhamos.
Do rosto um do outro.
Talvez nunca nos encontraremos.
E estejamos destinados a chorar sem razão ou emoção.

Mas continuarei te procurando.
Tentando te sentir perto de mim.
E sempre que uma gota de mim cair.
Saberei o que estarás a sentir.

Sinto a tua dor bem dentro de mim.
E por vezes oiço uma (tua?) voz.
A suspirar-me ao ouvido.
Mas ninguém se encontra por perto.

Mas lá vou caminhando.
E na esperança acreditando.
Que um dia haveremos de nos encontrar.
E quem sabe, juntos deixarmos ambos de chorar.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Guerreiro do Mini Machado


Se há algo que adio para o mais tarde possível será sempre o fazer a barba.
Eu gosto de me ver com barba e sem ela, pareço um miúdo de treze anos que acabou do quarto, com legos espalhados pelo chão e onde se misturam bonecos do DragonBall com animais de quinta e carros telecomandados (nostalgia, nostalgia...).

Mas apesar da barba ficar-me bem e fazer-me sentir mais másculo e sensual, é sempre um terror fazer este arbusto facial e voltar a ficar com a aparência jovial de um miúdo que foi para a cama sem escovar os dentes.

Sei que ficava muito melhor de barba aparada do que sem barba alguma mas não tenho máquina de barbear e sinceramente, prefiro preguiçosamente fazer toda a barba do que ir comprar a máquina (Hei-de ir um dia comprá-la, um dia...).

Portanto, faço a barba com recurso da lâmina de barbear que é mais prático, uma vez que as lâminas parecem nascer nesta casa. Deve haver uma "laminoeira" algures num dos muitos vasos da minha mãe mas não me aventuro a entrar nessa floresta ainda.

Mas tem uma enorme desvantagem: sendo lâmina, tenho de ter o enorme cuidado em barbear-me e ... pronto, lá foi outro pedaço de pele. Sinto a pequena incisão e por muito que recue lentamente, o mal está feito.

Entre uma cara de barba meio feita e espuma de barbear, lá pinto a minha face com o vermelho acastanhado do sangue que brota daquela ferida. E por momentos, parece que vou para a guerra, uma vez que já tenho o rosto pronto para tal, de tronco nu e arma na mão (sendo a arma, uma gillette).

É estúpido, pois já tenho idade para ter juízo e fazer a barba com calma, mesmo à lâmina. Mas como tenho sempre pressa e guardo sempre para a última da hora, lá tento fazer a barba em dez minutos, ao som de rock e metal, o que por vezes contribuo com uma cantoria que os vizinhos dispensam e por uns abanões de cabeça que provocam mais alguns cortes.

Bem, lá vou sair de casa após um breve encontro com o Freddy Krugger ou com o Logan Wolverine mas enfim. Não sinto vergonha nenhuma em fazer a barba à lâmina e toda e qualquer cicatriz e corte é sinal da cara de um guerreiro que enfrentou batalhas e guerras e que as venceu (mesmo sendo elas no recanto da divisão onde tomamos duche e fazemos outras necessidades).

E desta vez, venci a barba. Talvez um dia vença a preguiça e compre a maldita máquina de barbear.
Até lá, lá vou mantendo um acordo de tréguas e paz com a barba e manterei guardado o meu machado de guerra.

domingo, 3 de abril de 2016

Chuveiro


"_ Outra vez não".
Dizia ele a meio de mais uma noite a acordar e adormecer, numa rotina que cada vez se torna mais diária. Lá ele caminha aos trambolhões e apalpões pelo escuro que decora a casa enquanto o relógio ao fundo marca em tom avermelhado pouco mais de três horas da manhã.

Mas lá ele chega à casa-de-banho e faz a única coisa lógica que lhe passa pela cabeça: ele despe-se todo e enfia-se na banheira, debaixo do chuveiro, esperando que a água fria que lhe escorre pela cabeça abaixo arrefeça a mente e lhe arrepie todos os demónios e pensamentos que lhe vão naquela cabeça, que mais uma vez, prevalecem sobre o bom descanso de muitos.

Lá fora nem um barulho se ouve. Apenas escuridão tingida pelo breve luar que espreita por detrás de uma e outra nuvem mas ele nem olha pela janela. Ele nem acende qualquer luz. Ele apenas se encontra sozinho naquele chuveiro, às tantas da manhã, a torturar-se com aquela cascata fria que lhe escorre pela cara, costas e todo o corpo.

Na realidade, ela o deixou há bastante tempo.
Na realidade, na mente dele ela continua a reaparecer sem convite  e o seduz uma e outra vez, relembrando os bons momentos e dando vislumbres de possíveis futuros que podiam ter acontecido.

Antes claro, de lhe mostrar tudo o que ele de mau fez e aconteceu para estragar a relação com ela e passa agora a vida a visualizar momentos de romance entre ela e o outro. Ele bem fecha os olhos mas ela ganha cada vez mais imagem na cabeça dele.

E apenas a água fria e a sua dor conseguem fazê-lo esquecer ela e dar toda a sua atenção ao frio que lhe consome o corpo. E ali ele se senta, no canto do mármore branco, com o chuveiro apontado para ele, com a torneira a correr. Ele nem sabe o que lhe espera da conta da água, mas sabe o que lhe espera no momento em que fechar a torneira: Espera-lhe ela.

Ele a havia esquecido. Mas na mente fraca dele, ela se tornara uma memória forte e brutal, sem dó nem piedade, e apesar da misericórdia pedida por ele, ela lá vinha uma e outra noite o relembrar, que não existiria nunca um final feliz entre eles. Nem entre ele e qualquer outra, pois ela iria continuar todas as noites a passear pelas memórias inconscientes dele.

E por muito que ele saiba que é apenas um fruto da sua imaginação, que ela pouco se importa com ele e que ele já nada sente por ela, ela lá está presente para lhe seduzir mais uma vez e o torturar, não lhe permitindo seguir em frente.

Ali ele adormece, sentado no canto escuro do chuveiro, enquanto a água fria lhe congela o corpo e o leva para um estado de dormência hipotérmica. Ele não sabe se irá acordar mas ele não quer saber, pois prefere não abrir mais os olhos do que voltar a olhar e vê-la...