quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Estado Vegetal

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Um sentimento de impotência, de apatia. De não querer sair da cama. Sou assolado e me fazem companhia a minha sombra e os meus demónios quando nada me dizes. Mando-te um bom dia na esperança de alegrar o dia. Mas a cada hora que passa, tudo em redor vai ficando mais escuro e escuro, até deixar de perceber se é noite ou se já estou a dormir.

*Olá amor*

Acordo. Adormeço. Acordo logo a seguir. Tantas noites e dias mal dormidos a pensar no que disse, no que não disse, no que fiz, no que não fiz, no que deixei de dizer ou fazer. Mas não sei ser de outro jeito e a tua ausência reflecte-se na minha tristeza.

*Tenho saudades tuas*

Não sei o que futuro eu me dirá um dia a olhar para trás. Mas sei que o passado eu deve estar distante para não me poder ajudar. Sou novo. Tenho muito a viver. Mas abdicava de tudo só para ver o teu sorriso, para darmos a mão e não mais largar. Mas olho para o telemóvel e mais um dia passou e nada sei de ti.

*Gostava que aqui estivesses*

Engraçado como tudo corria bem ao início. Em como "clicámos" e os meus dias tornaram-se mais coloridos, alegres, com uma motivação extra.
E hoje . . . é apenas mais um dia que espero que voltes. Mas não sei onde andas. E tão pouco sei se queres voltar. Ou se algum dia o farás.

*Eu também gosto muito de ti*

O teu silêncio magoa. A tua ausência esmaga mais o meu coração contra o peito, teimando em saltar fora e correr na tua direcção. Serei um homem morto se isso acontecer mas não me sinto muito vivo neste momento. Sem ti, sinto-me um fragmento de mim, da minha sombra, do meu ser.

*Oh amor. Quero tanto te abraçar*

E aqui continuo, um inválido. Um meio vivo, meio morto. Não durmo muito. Porque andas na minha cabeça. E eu não consigo fechar os olhos, voltar a abri-los e não te ver ali, ao meu lado e sem ter certeza que tudo vai correr bem. Tu ficaste na dúvida e retiraste-te de qualquer espaço e tempo. E eu fiquei preso dentro desta carcaça que se mantém imóvel e escondida no véu levantado pelo mundo.

*Vem-te deitar ao meu lado*

Não sei até quando ficarei esperando que decidas. Não sei quando teremos uma hipótese de nos reencontrar. Não quero desistir. Mas preciso que te mostres. Que te faças ouvir. Porque eu ando cego e sem a tua voz, não me poderei guiar para junto de ti.
Não desta vez. Não mais.

*Dorme bem amor*

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